A Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP destacou a pesquisa inovadora do doutorando Gabriel Cirino, que está usando a integração entre a Ciência da Informação e a tecnologia para revolucionar o cuidado em saúde mental através da sua startup, a Braine.
Quando uma universidade do porte da USP reconhece e publica a trajetória de um pesquisador, não se trata apenas de registrar um feito acadêmico. Trata-se de validar uma ideia, de dar visibilidade a uma proposta que ultrapassa o espaço da pesquisa e se conecta diretamente com a realidade da sociedade.
Foi exatamente isso que aconteceu com a recente matéria da Escola de Comunicações e Artes (ECA), que destacou a atuação de Gabriel Cirino, doutorando da instituição e fundador da Braine.
A reportagem traz a tona principalmente a ousadia e a inovação de um projeto que une Ciência da Informação, tecnologia de ponta e uma abordagem profundamente empática do cuidado em saúde mental. E mais: mostra como a Braine vem se consolidando como resposta prática a um problema estrutural do Brasil — a dificuldade de acesso ao diagnóstico e ao acompanhamento de pessoas neurodivergentes.
Sumário
Inovação e empatia: quando o doutorado transcende a pesquisa e se torna impacto social

A matéria publicada pela ECA/USP não economizou em destacar aquilo que está no coração do projeto de Gabriel Cirino: a convicção de que ciência só faz sentido quando transforma vidas.
“O foco da minha vida é fazer o doutorado para levar esse cuidado que hoje eu tenho e essa qualidade de vida para todas as pessoas do Brasil”, afirmou Gabriel em entrevista, em uma frase que sintetiza a força de sua jornada.
Esse reconhecimento acadêmico mostra ao público que o doutorado de Gabriel não se limita a uma investigação científica, mas se configura como um movimento social de transformação.
A Braine nasce da vivência de alguém que conhece, na pele, os desafios de ser neurodivergente em uma sociedade que ainda reproduz preconceitos, barreiras e silêncios. Essa experiência, longe de ser um obstáculo, tornou-se combustível para criar soluções que integram tecnologia e cuidado humano.
A publicação da ECA evidencia que estamos diante de uma narrativa rara: um projeto de pesquisa que não se contenta em gerar artigos ou relatórios, mas que se desdobra em ferramentas, metodologias e práticas capazes de mudar o dia a dia de milhares de famílias.
O sonho ousado de zerar as filas da neurodiversidade
Um dos pontos centrais da reportagem foi a ênfase na meta ambiciosa de zerar as filas de neurodiversidade — filas que, hoje, mantêm crianças e famílias à espera por meses, às vezes anos, por um diagnóstico ou por uma intervenção precoce.
A matéria ressalta que esse objetivo não é uma promessa abstrata. A Braine já está em conversas avançadas com municípios para aplicar suas tecnologias em áreas estratégicas como saúde, educação e assistência social. Isso significa levar o cuidado para onde ele é mais necessário: nas escolas públicas que ainda não sabem como acolher, nos postos de saúde que carecem de especialistas, nas famílias que vivem o desespero da espera.
Ao recuperar a fala emblemática de Gabriel — “não é o diagnóstico que liberta, é o cuidado” —, a matéria da ECA reafirma a filosofia que guia a Braine: diagnósticos importam, mas só têm valor quando abrem portas para intervenções concretas e caminhos de dignidade.
A importância histórica da ECA/USP na formação e na aceleração da pesquisa

Outro ponto de destaque da matéria foi a ênfase no papel crucial da USP e, em especial, da ECA na formação de Gabriel Cirino. A reportagem recupera sua declaração:
“Eu fiz algo na ECA que acho que é histórico. Eu qualifiquei [o mestrado] e em um mês, 20 dias depois, eu estava defendendo, e 20 dias depois eu estava matriculado no doutorado.”
Esse depoimento revela como a trajetória de Gabriel é também um testemunho da potência de uma universidade pública quando se abre para a inovação e para projetos que dialogam com urgências sociais. A ECA não foi apenas cenário; foi plataforma, foi aceleradora, foi espaço de confiança para que um pesquisador ousasse propor algo que muitos considerariam impossível.
A ironia, como o próprio Gabriel aponta, é reveladora: formar-se na maior escola de comunicações e artes da América Latina e, a partir dela, propor uma revolução na saúde mental usando Ciência da Informação.
É o tipo de encruzilhada que só as grandes instituições de ensino conseguem oferecer: a mistura de disciplinas, saberes e perspectivas que geram inovação real.
Reconhecimento acadêmico como prova de impacto social
Ao dar visibilidade a esse projeto, a ECA/USP envia uma mensagem clara: a pesquisa acadêmica não precisa estar restrita às bibliotecas. Ela pode — e deve — se tornar prática, política pública, solução aplicada. A matéria confirma que o trabalho de Gabriel Cirino e da Braine não está apenas no campo das ideias, mas no terreno concreto da transformação social.
Esse reconhecimento tem peso histórico. É o sinal de que uma das universidades mais respeitadas da América Latina entende a Braine como um projeto que une ciência, tecnologia e empatia para criar respostas a problemas urgentes. E mais: mostra que estamos diante de um movimento que pode redesenhar o acesso à saúde mental no Brasil.
A Braine como símbolo de uma revolução necessária
Ao final, a matéria publicada pela ECA/USP reafirma algo que, na Braine, já sabemos: o futuro da saúde mental exige coragem, rebeldia e pragmatismo. A coragem de enfrentar as filas e propor novas formas de cuidado. A rebeldia de não aceitar que diagnósticos fiquem restritos a poucos, enquanto milhares esperam. E o pragmatismo de construir tecnologias que funcionam, que chegam às mãos de profissionais e famílias, que reduzem desigualdades.
Esse reconhecimento, estampado em uma das instituições mais importantes do país, confirma que a revolução proposta pela Braine não é apenas necessária: ela já começou. E agora, com a USP como testemunha e parceira indireta dessa caminhada, fica cada vez mais claro que a saúde mental no Brasil pode, sim, ter um novo futuro — mais inclusivo, mais humano e mais justo.
IA com propósito e inclusão com estratégia

Na Braine, cada projeto nasce de uma escuta real das necessidades de pessoas neurodivergentes, suas famílias e profissionais que as acompanham. Mais do que ferramentas tecnológicas, criamos pontes entre o conhecimento científico e o cotidiano de quem vive às margens de um sistema que ainda exclui.
- AURA-T é nossa inteligência artificial voltada ao apoio no processo de pré-diagnóstico do autismo. Ela organiza, interpreta e transforma dados clínicos e entrevistas em relatórios claros, completos e acionáveis. Não substituímos profissionais — empoderamos decisões com base em evidências.
- Bruna é nossa solução contínua para o acompanhamento do dia a dia de pessoas neurodivergentes, ela identifica sinais de crise, sugere intervenções individualizadas e promove autonomia sem abrir mão do cuidado. Bruna não vigia — ela apoia, orienta e respeita.
Esses são só os primeiros passos. Nosso compromisso está em expandir cada vez mais as possibilidades de uma tecnologia que reconhece as diferenças e atua para torná-las forças de transformação. Cada projeto é uma resposta pragmática a um problema urgente. Porque inclusão sem ação é só discurso bonito.
Um convite para atravessar fronteiras: descubra a neurodiversidade com a Braine
Se você chegou até aqui, é porque sabe — no fundo, talvez até sem ter colocado em palavras — que falar de neurodiversidade não é apenas falar sobre diagnósticos, rótulos ou políticas públicas. É falar sobre futuro. É falar sobre o modo como escolhemos viver em sociedade. É falar sobre aquilo que pode nos libertar de uma lógica estreita, produtivista e excludente que ainda insiste em reduzir pessoas a métricas e padrões.
Na Braine, criamos pontes entre ciência, tecnologia e sensibilidade. Nosso blog é um desses caminhos — textos densos, reflexivos, provocativos — para você olhar para além do que é confortável, questionar estruturas e repensar o que significa inclusão. Cada post é um convite para enxergar a diferença não como problema, mas como potência.
E se você quer experimentar isso de forma ainda mais intensa, precisa estar conosco no ExpoTEA 2025. Entre 28 e 30 de novembro, no Expo Center Norte em São Paulo, mais de 60 mil pessoas vão se reunir para aprender, trocar e se inspirar. Lá, a Braine estará mostrando, na prática, como nossas soluções digitais — AURA-T, Bruna e outras ferramentas inovadoras — já estão transformando o cuidado, antecipando o apoio e empoderando famílias, profissionais e pessoas neurodivergentes. É a oportunidade de ver que tecnologia e empatia podem caminhar lado a lado, criando impacto real.
E, claro, não posso deixar de falar do que é, para mim, um marco pessoal e coletivo: meu primeiro livro, “Fronteiras da Neurodiversidade”. Nele, proponho um olhar que vai além de protocolos, laudos e estatísticas. É sobre nome antes do CID, pessoa antes do rótulo, escuta antes da pressa. É uma obra que convida a refletir, sentir e agir.
Portanto, este é o meu convite — e não é um convite qualquer. Venha explorar o blog da Braine, participar do ExpoTEA, seja um dos nossos beta tester, conheça nossas ferramentas e descubra “Fronteiras da Neurodiversidade”. Cada passo seu nesse percurso ajuda a construir um mundo onde a diferença deixa de ser um obstáculo e passa a ser uma força.
A travessia começa agora. E queremos você ao nosso lado.