Desvende a complexidade da neurodiversidade. Entenda o que os diferentes subtipos de autismo revelam sobre a condição e como a ciência está avançando para um diagnóstico mais preciso e um tratamento mais eficaz.
Este não é um texto para quem busca uma definição única e simplista. Se você ainda pensa no autismo como uma única condição, prepare-se para desafiar suas percepções. Na Braine, não acreditamos em tapar o sol com a peneira. O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) não é um monólito, mas um universo de manifestações. Para entendê-lo de verdade, precisamos ir além do diagnóstico genérico e mergulhar na profunda heterogeneidade que define a experiência de cada indivíduo. E é aqui que a conversa sobre os subtipos de autismo se torna não apenas relevante, mas URGENTE.
Por muito tempo, a ciência e a sociedade se contentaram com uma visão superficial do TEA. Mas a pesquisa avança, e ela nos obriga a ser mais precisos, mais questionadores e, acima de tudo, mais humanos. Um olhar atento aos diferentes perfis da condição revela que não existe “uma” forma de autismo, mas múltiplas realidades que demandam abordagens igualmente diversas.
O que a ciência já descobriu sobre os subtipos de autismo e o que isso significa para o futuro do diagnóstico e do tratamento? Este texto é uma jornada de descoberta, baseada em evidências sólidas, para desvendar a complexidade do espectro e nos forçar a repensar tudo o que sabíamos.
Sumário
O espectro do autismo: mais que um único diagnóstico

Antes de qualquer tentativa de compreensão real do autismo, é preciso abandonar de vez a ideia de que estamos lidando com um único diagnóstico, uma categoria fixa ou um conjunto homogêneo de características. A própria palavra “espectro”, tão utilizada e, por vezes, desgastada em discursos genéricos, carrega uma profundidade clínica e existencial que não pode ser ignorada: ela aponta para a multiplicidade, a fluidez e a complexidade que estruturam aquilo que chamamos hoje de Transtorno do Espectro Autista (TEA).
O autismo, em sua diversidade de expressões, não pode mais ser enquadrado em definições estreitas ou modelos simplificados. A transição da abordagem categorial para uma abordagem dimensional não apenas reflete avanços diagnósticos e científicos, mas revela uma mudança de paradigma mais profunda: compreender que cada pessoa autista apresenta uma configuração absolutamente singular de funcionamento cognitivo, emocional, sensorial e relacional.
A herança do dsm-iv e os subtipos clássicos
Antes mesmo da consolidação do conceito moderno de transtorno do espectro autista (TEA), o entendimento clínico da neurodivergência que hoje chamamos de autismo era balizado por uma lógica categórica, segmentada e hierarquizada. Essa lógica estava expressa de forma contundente na quarta edição Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV) um documento que, embora redigido no campo da psiquiatria, influenciou profundamente a maneira como profissionais da saúde, pesquisadores, educadores e formuladores de políticas públicas compreenderam, nomearam e intervieram junto às pessoas neurodivergentes por décadas e os seus subtipos de autismo.
DSM-IV, publicado em 1994 e vigente até a chegada do DSM-5 em 2013, não era apenas uma ferramenta classificatória. Era, na prática, uma matriz epistemológica que organizava o modo como o autismo era identificado, comunicado e tratado nos sistemas de saúde do mundo inteiro. Nele, o autismo não era concebido como um espectro contínuo, mas como um conjunto de transtornos distintos, cada um com critérios diagnósticos próprios.
Essa segmentação produziu o que chamamos hoje de “subtipos clássicos” do autismo — categorias que, embora muitas vezes criticadas por suas limitações, ofereceram uma base concreta para o desenvolvimento de políticas de acolhimento e estratégias terapêuticas mais personalizadas.
O artigo “Autismo infantil: acolhimento e tratamento pelo Sistema Único de Saúde” nos lembra também que o TEA englobava uma série de subtipos de autismo distintos, cada um com suas próprias características, como:
- Síndrome de Rett, uma condição genética rara que afeta majoritariamente meninas e é caracterizada por uma perda progressiva das habilidades motoras e de linguagem após um período inicial de desenvolvimento aparentemente típico.
- Transtorno de Asperger, cuja principal característica era a presença de dificuldades significativas na interação social e na comunicação não verbal, associadas a padrões restritos e repetitivos de comportamento — tudo isso sem prejuízo nas habilidades linguísticas ou cognitivas.
- Transtorno Desintegrativo da Infância, um diagnóstico reservado para crianças que apresentavam um desenvolvimento típico até os dois anos de idade, seguido por uma regressão acentuada em múltiplas áreas — linguagem, habilidades sociais, controle motor e comportamento.
- Transtorno Global do Desenvolvimento sem outra especificação (TGD-SOE), uma categoria “guarda-chuva” utilizada quando a sintomatologia autística estava presente, mas não preenchia integralmente os critérios de nenhum dos subtipos anteriores.
Ainda que o DSM-5 tenha proposto uma mudança de paradigma — substituindo esses subtipos de autismo por uma abordagem dimensional e contínua sob a nomenclatura unificada de Transtorno do Espectro Autista (TEA) —, o legado do DSM-IV permanece presente, seja na memória clínica dos profissionais mais experientes, seja nos próprios relatos de pessoas que cresceram com essas classificações.
Estudar os subtipos de autismo clássicos não é, portanto, um exercício de nostalgia diagnóstica. É uma estratégia essencial para compreender a diversidade de trajetórias que existem dentro do espectro. Afinal, a reorganização categórica promovida pelo DSM-5 não eliminou a heterogeneidade do autismo — apenas a redesenhou em novos termos. Ignorar as nuances que esses subtipos revelam seria, de certo modo, apagar a complexidade das experiências que eles representavam. E, mais do que isso, seria comprometer a possibilidade de oferecer um cuidado verdadeiramente singularizado, ético e contextualizado.
Na Braine, entendemos que revisitar essas categorias é também um ato de responsabilidade. É afirmar que cada linha de um manual clínico se transforma em realidade vivida quando encontra um corpo, uma história, uma família. Por isso, falamos sobre esses subtipos de autismo com a profundidade e o respeito que merecem — não como rótulos fixos, mas como janelas para a multiplicidade de formas de ser e estar no mundo que compõem o espectro autista.
A síndrome de asperger: um ponto de referência para os subtipos de autismo
Dentre esses subtipos de autismo, a Síndrome de Asperger (SA) é o mais detalhado nas referências, servindo como um ponto de contraste crucial para a compreensão do espectro. O texto “SÍNDROME DE ASPERGER: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA EM ADULTOS” define a SA como um subtipo do TEA caracterizado por grandes problemas na comunicação social e não verbal, juntamente com formas limitadas e repetitivas de comportamento e interesses.
Embora esse termo carregue imprecisões e riscos de simplificação, ele evidencia o quanto essa classificação desperta interesse — e por boas razões.
A SA é descrita como uma manifestação do espectro autista que preserva o desenvolvimento da linguagem e da cognição, com quociente intelectual dentro ou acima da média. Ainda assim, os desafios enfrentados pelas pessoas com esse diagnóstico são consistentes e impactantes no cotidiano. Entre as características frequentemente observadas, estão:
- A fala pode ser descrita como “rígida” ou “robótica” devido a alterações na prosódia.
- Há uma incapacidade de captar sinais não verbais, como gestos e expressões faciais, e de fazer contato visual adequado.
- Habilidades motoras mais refinadas podem ser comprometidas, dando a impressão de descoordenação.
A presença da Síndrome de Asperger dentro da construção do espectro nos obriga a olhar com mais atenção para o que realmente está em jogo: não se trata de ausência de capacidades, mas de uma organização neurológica distinta, que manifesta competências e obstáculos em medidas que escapam à lógica linear. Reconhecer essa complexidade é um passo essencial para transformar diagnósticos em estratégias efetivas de inclusão e cuidado.
Na Braine, acreditamos que explorar os subtipos de autismo é um compromisso ético com a escuta plural, com o reconhecimento das múltiplas formas de existir, aprender, sentir e interagir. Porque só mergulhando nessa diversidade podemos construir soluções que honrem a totalidade da experiência neurodivergente
A neurociência por trás da heterogeneidade: as alterações no cérebro autista

A compreensão contemporânea do autismo ultrapassa em muito as antigas descrições comportamentais e os modelos puramente observacionais que sustentaram as primeiras classificações diagnósticas.
Com o avanço das neurociências, sobretudo das técnicas de neuroimagem funcional, tornou-se possível observar — em tempo real — os padrões de ativação e conectividade cerebral que estão na base das experiências neurodivergentes. Essa virada epistemológica não apenas aprofundou o entendimento sobre o espectro autista, mas permitiu que se reconhecesse, no nível mais íntimo da biologia humana, que a heterogeneidade do autismo não é acidental nem periférica: ela é estrutural. Trata-se de uma pluralidade que se manifesta desde os circuitos neurais mais elementares até as expressões comportamentais mais sutis.
Hoje, sabemos que determinadas alterações na organização e no funcionamento dos circuitos cerebrais — especialmente os relacionados à cognição social, à percepção do self e à regulação emocional — podem atuar como marcadores da diversidade de perfis dentro do espectro.
Entre esses circuitos, destaca-se de forma notável o chamado Default Mode Network (DMN). O artigo “Alterações no circuito default mode network em indivíduos com transtorno do espectro do autismo: revisão sistemática” nos apresenta ao Default Mode Network (DMN). Este circuito funcional é ativado quando não estamos focados em uma tarefa externa, como quando estamos pensando sobre nós mesmos, lembrando de fatos passados ou considerando a perspectiva de outras pessoas. A descoberta do DMN foi acidental, mas revelou um sistema cerebral próprio, com propriedades fisiológicas e cognitivas que são cruciais para a cognição social, um dos pilares da experiência autista.
O circuito Default Mode Network (DMN): um portal para entender a mente autista por dentro
O Default Mode Network — ou rede em modo padrão — é um circuito cerebral funcional que se ativa quando o indivíduo não está engajado em uma tarefa externa direcionada. É o sistema que se manifesta nos momentos de introspecção, quando estamos pensando sobre nós mesmos, revisitamos lembranças, imaginamos cenários futuros ou tentamos compreender os estados mentais de outras pessoas. A descoberta do DMN, ainda que acidental, inaugurou uma nova fronteira na neurociência cognitiva, ao demonstrar que há um sistema cerebral dedicado especificamente ao universo interno da mente — aquilo que chamamos, muitas vezes, de autoconsciência.
A importância dessa rede para o estudo dos subtipos de autismo se torna evidente quando consideramos que boa parte dos desafios associados ao transtorno reside justamente em aspectos relacionados à teoria da mente, à empatia, à regulação emocional e à autorreferência. É nesse sentido que a monografia “Alterações no circuito default mode network em indivíduos com transtorno do espectro do autismo: revisão sistemática”, de Carolina Jannini Franco de Moraes, traz uma contribuição substancial para a compreensão da assinatura neural do espectro.
Ao reunir e analisar dez estudos científicos sobre a conectividade do DMN em indivíduos com TEA, a autora nos oferece um panorama robusto sobre como esse circuito pode estar diretamente implicado nas manifestações clínicas dos subtipos de autismo — e, mais do que isso, em sua variabilidade interna.
O DMN como chave para a diversidade clínica do TEA: o cérebro conectado (ou desconectado) como mapa do espectro
A análise sistemática conduzida por Moraes revela que as alterações no DMN entre indivíduos com TEA são centrais. E suas variações parecem acompanhar, de forma precisa, as particularidades sintomáticas de cada perfil dentro do espectro.
- Conectividade funcional alterada: Os estudos revisados evidenciam um padrão recorrente de disfunções no DMN, que se manifestam tanto por meio de hipoativações (redução da atividade esperada) quanto por hiperativações (ativação excessiva) de suas regiões constituintes. Essas anomalias na conectividade funcional podem ser interpretadas como desajustes nos processos de autorregulação e integração da experiência interna, típicos de muitos quadros do espectro.
- Correlação com sintomas clínicos: Um dos estudos citados aponta uma relação inversa entre a intensidade da conectividade funcional do DMN e a gravidade dos déficits sociais e comunicativos. Em termos simples, quanto mais disfuncional for a rede, mais severos tendem a ser os sintomas relacionados à interação social. Essa correlação neurofuncional oferece um parâmetro objetivo para se pensar em métricas de avaliação do espectro que transcendam a simples observação comportamental.
- A ideia de um endofenótipo neurobiológico: Um dos achados mais instigantes da revisão é a sugestão de que a falha sistemática na desativação do DMN durante tarefas externas pode ser interpretada como um endofenótipo — ou seja, uma característica biológica herdável que está associada à predisposição ao autismo, mesmo na ausência de sintomas manifestos. Isso coloca o DMN como uma ponte entre genética, neurobiologia e comportamento, e amplia nossa compreensão sobre os fatores que influenciam a expressão clínica do TEA.
- Subtipos e assinaturas neurais diferenciadas: Por fim, a revisão destaca que a relação entre comportamento repetitivo — um dos marcadores do autismo — e as alterações no DMN não é uniforme. Há variações importantes entre diferentes subtipos, o que reforça a hipótese de que o espectro é composto por múltiplas configurações neurológicas e cognitivas, cada uma com seu próprio padrão de funcionamento cerebral.
Os desafios do diagnóstico e as lacunas da pesquisa nos subtipos de autismo

Apesar dos avanços na neuroimagem, a jornada para um diagnóstico preciso e um tratamento eficaz para todos os subtipos de autismo está longe de terminar. A ciência, em sua busca por ser pragmática, encontra grandes obstáculos.
A lacuna do diagnóstico em adultos
A Síndrome de Asperger, por ser de “alto funcionamento”, é frequentemente diagnosticada mais tarde na vida, ou, como o artigo “SÍNDROME DE ASPERGER: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA EM ADULTOS” aponta, o indivíduo pode até chegar à idade adulta sem uma suspeita diagnóstica. Este texto ressalta que, ao contrário do autismo infantil precoce, ainda não existe um teste específico nem marcadores biológicos que possam diagnosticar a síndrome de Asperger em adultos.
O viés da amostra e a necessidade de mais dados
A monografia de Carolina Jannini Franco de Moraes revela uma limitação crítica nas pesquisas sobre o tema dos subtipos de autismo. A maioria dos 10 estudos analisados se concentrava em amostras pequenas, com alta variação etária e, principalmente, com indivíduos de alto funcionamento ou com Síndrome de Asperger. Isso cria um viés:
- Foco em QI elevado: Quase todos os estudos incluíam participantes com QI de 85 ou mais, o que impede a compreensão das alterações cerebrais em autistas de baixo funcionamento.
- Subtipos agrupados: As pesquisas frequentemente agrupavam diferentes subtipos de autismo em uma mesma amostra, o que dificulta a correlação de um subtipo específico com as alterações do DMN.
- Ausência de padronização: A falta de uniformidade nas metodologias de ressonância magnética funcional (fMRI), desde o equipamento até as instruções dadas aos participantes, adiciona uma camada de complexidade e dificulta a comparação entre os estudos.
A monografia conclui que são necessárias “maiores investigações acerca do tema”, com estudos que explorem diferentes idades, fenótipos, influências de medicações e gênero, além de padronizar as técnicas de neuroimagem.
Implicações para o acolhimento e o futuro da saúde pública
O avanço no conhecimento sobre os subtipos de autismo não é apenas uma questão acadêmica; é uma questão de dignidade e justiça social. As descobertas da ciência devem, de forma pragmática, se traduzir em políticas e práticas que beneficiem a todos.
O papel do sus diante da diversidade do tea
O Sistema Único de Saúde (SUS), com seus princípios de Universalidade, Equidade e Integralidade, é a ferramenta mais poderosa do Brasil para enfrentar essa questão. No entanto, ele precisa se adaptar à complexidade do espectro e dos subtipos de autismo.
- Acolhimento e tratamento: O artigo “Autismo infantil: acolhimento e tratamento pelo Sistema Único de Saúde” discute o papel dos Centros de Atenção Psicossocial Infantil (CAPSi) como serviços multidisciplinares que auxiliam no acompanhamento do autismo infantil.
- A necessidade de um olhar individualizado: As políticas públicas autismo não podem tratar todos os indivíduos do espectro da mesma forma. A Equidade, um dos pilares do SUS, exige que o sistema “atenda cada um conforme suas necessidades particulares e individuais”. Isso significa que um indivíduo com Síndrome de Asperger (alto funcionamento) pode ter necessidades de suporte social e profissional diferentes de um indivíduo com um transtorno de baixo funcionamento.
Por uma medicina de precisão para os subtipos de autismo
O futuro, como um bom sábio sabe, está na precisão. A monografia de Carolina Jannini Franco de Moraes, mesmo com suas limitações, aponta para um futuro onde as alterações do DMN podem se tornar marcadores biológicos para o diagnóstico e, potencialmente, para guiar o tratamento de indivíduos com diferentes subtipos de autismo.
Com um entendimento mais profundo dos subtipos de autismo e de suas bases neurobiológicas, poderíamos:
- Melhorar o prognóstico: Prever com maior precisão o desenvolvimento de cada criança.
- Personalizar as intervenções: Desenvolver terapias e suportes mais eficazes, adaptados ao perfil neurobiológico único de cada indivíduo.
- Integrar diferentes abordagens: Unir a neurociência, a genética e as abordagens clínicas para criar um modelo de cuidado verdadeiramente holístico.
O que a ciência já sabe sobre os subtipos de autismo

O que são subtipos de autismo?
Os subtipos de autismo são categorias que historicamente classificavam diferentes manifestações do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), como a Síndrome de Asperger, o Transtorno de Rett e o Transtorno Desintegrativo da Infância. Embora o diagnóstico atual use uma abordagem de espectro, o conceito de subtipos ajuda a entender a heterogeneidade da condição.
Como a ciência identificou esses subtipos?
A identificação de subtipos foi feita por meio de observações clínicas e, mais recentemente, por estudos de neuroimagem. A monografia “Alterações no circuito default mode network em indivíduos com transtorno do espectro do autismo: revisão sistemática” mostrou que a ressonância magnética funcional revela alterações distintas na conectividade cerebral que podem estar associadas a diferentes perfis de sintomas.
Isso muda o diagnóstico oficial?
Não, o DSM-5, atualmente em uso, não distingue subtipos de autismo. Ele adota a perspectiva do espectro para incluir todas as variações em uma única categoria diagnóstica. No entanto, a pesquisa sobre os subtipos de autismo e suas bases biológicas pode levar a um modelo de medicina personalizada no futuro.
Quais são os desafios da pesquisa sobre os subtipos?
A pesquisa enfrenta desafios como o pequeno tamanho das amostras, a falta de estudos com indivíduos de baixo funcionamento ou com QI mais baixo, e a falta de padronização na metodologia dos estudos de neuroimagem.
O futuro é a precisão

A crescente evidência sobre os subtipos de autismo nos força a um despertar urgente. A ciência já nos mostrou que há uma base neurobiológica para as diversas manifestações do TEA, e que a jornada para um diagnóstico mais preciso e um tratamento mais eficaz passa pela compreensão dessas diferenças.
O que se sabe hoje, com base em estudos como a monografia de Carolina Jannini Franco de Moraes e nos artigos sobre o acolhimento no SUS, é que o autismo é uma condição complexa que exige um sistema de saúde adaptável e uma pesquisa que não se contente com respostas genéricas.
É hora de passarmos da teoria para a ação. O futuro das políticas públicas autismo deve ser um futuro que integre a neurociência, a clínica e o suporte social. A luta não é apenas por mais diagnósticos, mas por diagnósticos mais precisos que levem a um cuidado mais humano e individualizado.
Agradecemos por nos acompanhar nessa jornada. Convidamos você a se informar mais, a questionar e a agir. O conhecimento sobre os subtipos de autismo pode ser a faísca que precisamos para construir um futuro mais inclusivo e digno para todos.
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