Descubra as 4 falhas comuns em processos seletivos não inclusivos e como corrigir essas falhas para criar um ambiente de trabalho justo e diverso.
Já parou para pensar por que os processos seletivos da sua empresa pode ainda não ser inclusivo para todas as pessoas?
Não se trata de uma questão de ser politicamente correto ou de simplesmente marcar a caixinha de diversidade dos processos seletivos, trata-se de transformar o seu processo de recrutamento, e consequentemente, a sua empresa em um reflexo mais realista da sociedade em que vivemos. Ignorar a diversidade em todas as suas formas é uma falha ética e estratégica que no futuro vai te custar caro.

O que a sua empresa está perdendo?
Além de estar deixando de encontrar talentos de pessoas que, em termos de currículo e de ideias inovadoras, podem ser a chave para os seus próximos grandes projetos, você também está deixando de ver o valor intrínseco de uma equipe diversificada e como isso pode ser bom para o crescimento da sua empresa e para a imagem dela no mercado.
Quando você falha em ser inclusivo no seu processo seletivo, você não está apenas perdendo talento logo de cara, como também está perdendo a chance de criar algo realmente disruptivo e diferente dos concorrentes.
Então vamos ser claros: é hora de corrigir isso.
Aqui estão as 4 falhas mais comuns que vejo em processos seletivos não inclusivos, e o que você pode fazer para mudar isso agora.
Falha 1: Ignorar necessidades de candidatos neurodivergentes
A neurodiversidade não é uma moda passageira e nem um conceito para você adicionar ao seu discurso corporativo.
É uma realidade que existe e tem impacto sobre a vida e o cotidiano de todos nós — e a falta de reconhecimento dessa realidade nos processos seletivos é um erro absurdo.
Quando você não adapta seu processo seletivo para incluir candidatos neurodivergentes, você está não só ignorando um oceano de talentos incríveis, como está criando um ambiente onde estigmas são perpetuados e habilidades são desperdiçadas.
Pessoas com TDAH, autismo ou dislexia, por exemplo, enfrentam diversas dificuldades quando se deparam com processos seletivos que seguem o modelo tradicional. Esses candidatos podem se sentir desconfortáveis em formatos de perguntas abertas ou subjetivas, modelos de questionários longos com jogos de palavras e leituras exaustivas e etc.
E, ainda assim, muitos recrutadores continuam aplicando o mesmo modelo para todos.
Resultado?
O candidato perde uma chance de entrar no mercado de trabalho, e o gestor perde uma chance de evoluir sua empresa com colaboradores que dominam habilidades que estão em falta para impulsionar seus negócios.
Como mudar?
Adotar a neurodiversidade como uma prioridade no recrutamento não é difícil e não é preciso ser especialista. Você não precisa transformar sua empresa em um laboratório de neurociência, o que você precisa é ter empatia, fazer ajustes simples e pensar de forma inclusiva.
- Ofereça opções de entrevista estruturada: Entreviste de forma estruturada, com opções alternativas como entrevistas por e-mail ou questionários gravados, que permitem mais tempo e reflexão.
- Comunique-se com antecedência: Deixe claro desde o início o que é esperado do candidato. Isso ajuda a reduzir a ansiedade e prepara o terreno para uma entrevista mais produtiva.
- Treinamento para recrutadores: Isso é essencial. Seus recrutadores precisam ser treinados para lidar com diversidade cognitiva de maneira estratégica e empática.
Essas mudanças, embora simples, tem um impacto profundo. Elas não apenas garantem que você esteja contratando os melhores talentos de todas as origens, mas também constroem um ambiente mais inclusivo para todos.
Falha 2: Não ajustar o processo seletivo para pessoas com deficiência
Vamos ser francos: se sua empresa ainda não oferece acessibilidade no processo seletivo, você está basicamente dizendo que pessoas com deficiência não tem lugar no seu time.
Pessoas com deficiência, seja auditiva, visual ou física, tem muitas habilidades excepcionais para oferecer. No entanto, sem um ambiente acessível e uma equipe que acolha essas pessoas, eles acabam ficando de fora, sem ter chance de mostrar seu valor e a potência que tem a oferecer.
Não é uma questão de “ser legal”, é uma questão de deixar de explorar um pool enorme de talentos.
Como mudar?
Aqui está a chave: seus processos seletivos precisam ser bem pensados e exigentes em relação a atenção e compreensão que ele deve ter sobre o lado humano de quem ele está buscando.
Algumas ideias para começar:
- Forneça alternativas de formato de entrevista: oeferaça legendas, intérpretes de LIBRAS ou formatos acessíveis para documentos.
- Deixe os candidatos escolherem como participar: Algumas pessoas com deficiência auditiva podem preferir entrevistas por chat ou por vídeo com legendas. Respeite essas preferências.
- Seja transparente e flexível: Crie um ambiente onde os candidatos se sintam à vontade para solicitar adaptações necessárias, sem medo de julgamentos.
Falha 3: Falta de treinamento e conscientização para recrutadores
O que você está perdendo?
Os recrutadores são os guardiões da cultura da sua empresa e da segurança dos seus colaboradores. Eles são os primeiros a ver e, muitas vezes, a decidir quem entra e quem sai.
O problema?
A maioria dos recrutadores ainda não foi treinada para conduzir processos seletivos inclusivos. Eles podem ter boas intenções, mas sem o treinamento adequado acabam perpetuando vieses inconscientes e práticas discriminatórias, sem nem ao menos perceber.
Quando você não investe em treinamento para seus recrutadores, você está permitindo que o erro prevaleça. Como você pode esperar que seus recrutadores identifiquem os melhores talentos se eles nem sabem o que procurar em termos de inclusão?
Como mudar?
Investir em treinamento contínuo e qualificado para recrutadores e isso inclui:
- Workshops sobre inclusão e diversidade: Seus recrutadores precisam entender o que é o viés inconsciente e como ele pode afetar suas decisões, eles precisam aprender como lidar com candidatos neurodivergentes e com deficiência de maneira eficaz.
- Capacitação contínua: Ao manter seus recrutadores atualizados, você aumenta a qualidade do seu processo seletivo.
- Feedback dos candidatos: Ouvir como os candidatos se sentiram no processo seletivo é crucial. Isso ajuda a melhorar e a ajustar constantemente a abordagem do recrutamento.
A falta de treinamento para os recrutadores é um erro que pode ser facilmente corrigido e vai trazer uma diferença enorme na forma como sua empresa é vista.
Falha 4: Não adotar ferramentas tecnológicas inclusivas
A tecnologia está mudando o mundo, isso é óbvio para todo mundo, e se você ainda não está aproveitando o poder das ferramentas tecnológicas no seu processo seletivo, você está perdendo muito mais do que acha.
A tecnologia não só ajuda a agilizar o processo, mas também pode ser um meio de inclusão. Ferramentas de IA, entrevistas virtuais com recursos como legendas em tempo real e software de análise de currículo sem vieses — tudo isso pode melhorar a qualidade do seu recrutamento e tornar o processo mais justo.
Como mudar?
Investir em tecnologia inclusiva é uma estratégia para auxiliar no processo seletivo em todas as empresas.
Aqui estão algumas sugestões para incorporar ferramentas tecnológicas no seu processo seletivo:
- Use IA para reduzir viés inconsciente: Ferramentas de IA podem avaliar competências e habilidades de maneira objetiva, sem cair no preconceito ou estereótipos inconscientes.
- Plataformas de entrevista inclusivas: Ferramentas que oferecem recursos como legendas em tempo real, tradução de documentos e feedback visual tornam as entrevistas mais acessíveis para todos os candidatos.
O uso da tecnologia com consciência é capaz de auxiliar na inclusão e a garantir que sua empresa tenha acesso a um pool de talentos mais amplo e diversificado. Contudo, é importantíssimo que se entenda que as IA’s estão ai para servir como ferramentas, e não para substituir os profissionais necessários para realizar esses processos.
O profissional de RH é a chave para que essa inclusão aconteça, o treinamento dele é essencial para que a ferramenta possa ser utilizada com sabedoria.
Como a Braine pode te ajudar a transforma o seu ambiente de trabalho?
Na Braine acreditamos que a inclusão é uma revolução silenciosa que está transformando o ambiente corporativo. Se trata de tranformar a cultura organizacional para criar espaços onde todos possam se sentir acolhidos, capacitar equipes e profissionais para que a inclusão atinja até a raíz da empresa e que a mentalidade da empatia e inclusão seja um dos pilares da marca. Para que assim, todo colaborar se sinta valorizado, respeitado e acolhido.
Nós não só criamos ferramentas como o Aura-T e o Bruna, que são projetadas para atender às necessidades de neurodivergentes, mas também trabalhamos para garantir que nossa tecnologia se integre com empatia e cuidado ao contexto de cada colaborador.
A inclusão verdadeira começa na forma como vemos e tratamos cada pessoa dentro da organização.
E você? Está pronto para mudar o jogo?
Junte-se à Braine na missão de criar um ambiente de trabalho inclusivo, onde todos têm um espaço para brilhar.