A Braine foi destaque no podcast “Os Novos Cientistas”, da USP, com seu trabalho inovador em saúde mental e autismo usando IA. Ouça a entrevista com o CEO Gabriel Cirino e conheça o Aura-T, tecnologia que transforma o cuidado psicológico.

Braine no podcast “Os Novos Cientistas”, do Jornal da USP
No episódio do dia 22 de fevereiro de 2025 do podcast Os Novos Cientistas, publicado pelo Jornal da USP, a Braine ganhou protagonismo ao ser reconhecida como uma das iniciativas mais inovadoras do país no uso de inteligência artificial para o cuidado com a saúde mental.
O entrevistado foi Gabriel Cirino, mestre em Gestão da Informação e doutorando em Ciência da Informação pela ECA-USP e CEO da Braine, que compartilhou sua trajetória pessoal e os impactos da plataforma no diagnóstico e acompanhamento de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e com outras demais neurodivergências.
A conversa foi conduzida pelo jornalista Antonio Carlos Quinto e está disponível desde 20 de fevereiro de 2025 no spotify.
Um projeto com DNA USP e raízes na vida pessoal do CEO
Após sua apresentação inicial, Gabriel Cirino parte para a explicação prática sobre o que é a Braine e qual é seu objetivo:
“A Braine é uma startup que utiliza inteligencia artificial para promover o cuidado efetivo de saude mental, com foco especial no transtorno do espectro autista. Nosso trabalho é fundamento em protocolos clínicos reconhecidos garantindo que a nossa tecnologia esteja alinhada as melhores práticas da neurociêcia e da clínica especializada.”
Durante a entrevista, nosso CEO Gabriel revelou que o desenvolvimento da Braine está intimamente ligado à sua própria vivência. Diagnosticado com TDAH aos 31 anos, ele revela que levou muito tempo para concluir a graduação por não contar com o suporte adequado devido a não ter conhecimento sobre seu diagnóstico.
Essa experiência inspirou a criação de uma solução que pudesse transformar o acesso ao cuidado psicológico de forma mais justa, humana e eficiente.
“Demorei muito tempo para me formar por não ter esse diagnóstico. A minha trajetória para a criação da Braine está profundamente ligada a essa iniciativa”, afirmou.
Hoje a Braine conta com o selo “Start-Up com DNA USP” e já tem um pedido de patente em andamento junto ao INPI. A startup nasceu dentro das disciplinas do Mestrado Profissional em Empreendedorismo da USP, e vem sendo testada em ambiente real por profissionais da saúde, educadores e pessoas neurodivergentes.
Reduzir custos, acelerar diagnósticos e humanizar o cuidado
Como nós comumente apresentamos, a proposta da Braine é ambiciosa: tornar o processo de diagnóstico do autismo mais rápido, preciso e acessível.
E isso não podia ser diferente! Com a ousadia característica de Gabriel ele explicou que os métodos convencionais, muitas vezes, exigem entre seis e doze meses de acompanhamento e podem custar entre R$ 5 mil e R$ 10 mil. Com o uso da inteligência artificial desenvolvida pela Braine, esse tempo pode ser reduzido para poucas semanas, com valores médios em torno de R$200.
“Nosso objetivo é mudar esse cenário, tornando a detecção mais ágil, permitindo que mais pessoas tenha acesso ao suporte adequado no momento certo.” reforçou o CEO.
A plataforma é fundamentada em protocolos reconhecidos internacionalmente, como o CID-11 e o DSM-5, e atualmente está estruturada em três frentes principais de atuação: Prognóstico Precoce, Suporte ao Tratamento e Monitoramento e Gestão de Crises.
“A demora para o diagnóstico é crítica, pois a intervenção precoce é essencial para aproveitar a neuroplasticidade do paciente. As ferramentas que temos hoje têm uma certa limitação para a personalização e eficácia do cuidado. E é justamente nesse contexto que a Braine se insere, oferecendo esse suporte tecnológico que auxilia na tomada de decisões mais ágeis e humanas”, explicou Gabriel.
IA a serviço das pessoas
A tecnologia desenvolvida pela Braine não substitui o trabalho dos profissionais de saúde — ela os potencializa. A plataforma transforma dados clínicos em relatórios estruturados e interpretáveis, auxiliando o psicólogo no processo de triagem, análise e condução de tratamentos individualizados.
Segundo Gabriel, a grande inovação está na forma como a IA é integrada ao cuidado.
“Nosso grande diferencial é integrar essa tecnologia ao cuidado de forma contínua, fácil e altamente humanizada. Afinal, a tecnologia deve estar a serviço das pessoas, e não o contrário.”
A expectativa da equipe da Braine é lançar, ainda em 2025, uma versão ampliada dos produtos, que poderá ser utilizada por um público mais amplo. Os testes atuais, em fase piloto, já estão sendo realizados com psicólogos, educadores e pessoas autistas em diferentes contextos de atendimento.
Braine: tecnologia, neurociência e cuidado no centro da inovação brasileira
A Braine não nasceu para ser só mais uma startup — ela veio para transformar a forma como entendemos, cuidamos e respeitamos a neurodiversidade com o apoio da tecnologia.
Enquanto boa parte do mercado ainda trata saúde mental e neurodesenvolvimento com soluções genéricas, a Braine aposta no contrário: que cada mente importa, que cada pessoa merece ser compreendida em sua complexidade, e que a tecnologia pode — e deve — servir a esse propósito com ética, precisão e humanidade.
Criada por quem vive, pesquisa e empreende a partir das próprias vivências neurodivergentes, a Braine é uma plataforma brasileira de inteligência artificial dedicada a criar soluções acessíveis, científicas e personalizadas para o diagnóstico e acompanhamento de pessoas autistas e neurodivergentes.
Não se trata de acelerar processos por eficiência cega, mas de devolver às pessoas o tempo, o cuidado e a dignidade que tantos métodos tradicionais negligenciam.
AURA-T: primeiro produto da Braine já está em funcionamento
A inteligência artificial da Braine que organiza dados, apoia decisões e humaniza o processo de triagem para o autismo — já disponível para profissionais no site da Braine
O AURA-T é mais do que uma ferramenta digital — é um ponto de virada para quem atua no cuidado de pessoas com suspeita de autismo.
Desenvolvido com base em protocolos clínicos reconhecidos, como o CID-11 e o DSM-5, o AURA-T é uma solução que transforma informações complexas, vindas de entrevistas clínicas, testes padronizados e anotações em relatórios estruturados, analíticos e fáceis de interpretar. Isso permite que psicólogos e outros profissionais de saúde mental realizem uma triagem mais rápida, segura e embasada, sem abrir mão da sensibilidade e da singularidade de cada caso.
Pensado especialmente para quem atende pessoas neurodivergentes ou está em busca de um diagnóstico inicial, o AURA-T está disponível para acesso direto no site da Braine.
Com poucos cliques, o profissional pode iniciar uma jornada mais eficiente e cuidadosa de avaliação — com o respaldo da ciência e o suporte da inteligência artificial aplicada com responsabilidade.
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E, claro, não deixe de ouvir o episódio completo do podcast Os Novos Cientistas, do Jornal da USP, para conferir a entrevista com nosso CEO Gabriel Cirino. É só dar o play e se inspirar!