Quando o adolescente descobre que é neurodivergente

Entender-se como neurodivergente durante a infância e a juventude é um ponto de virada na vida de qualquer um, principalmente em um mundo que está em rápida transformação e a tecnologia tem tomado conta de nossos dias.

Ser jovem já é não é fácil. Um amontoado de hormônios agindo descontroladamente dentro do seu corpo, amizades e relacionamentos amorosos começando e acabando, a descoberta do certo e do errado, e a buscar por um lugar no mundo já tornam essa experiência estressante o suficiente. Agora imagine atravessar a adolescência sem conseguir explicar o por que de tudo parecer mais intenso, confuso, barulhento ou rápido demais para você.

Para muitas crianças e adolescentes, ser neurodivergente é uma realidade vivida em silêncio, marcada pela exclusão e por rótulos de “preguiçoso” e “difícil”. Receber o diagnóstico de neurodivergente significa descobrir o próprio funcionamento neurológico em meio a esse turbilhão de sentimentos e pensamentos, isto é, pela primeira vez algo faz sentido!

“A neurodiversidade não é um erro a ser corrigido, mas uma linguagem oculta a ser decifrada.”

O impacto do diagnóstico: nomear o que sempre foi sentido

Receber um diagnóstico na infância ou adolescência não se trata de receber um rótulo ou uma sentença, na verdade é quando pela primeira vez algo que sempre pareceu estranho ou errado agora tem forma, nome e explicação.

É claro que se torna necessário o inicio de acompanhamento psicológico e – quando necessário – a introdução de medicamentos. Mas o diagnóstico na vida de uma pessoa neurodivergente muda todo o rumo do que até então ela acreditava ser um problema que estava nela, e ela descobre que o problema está na tentativa de se enquadrar em um modelo de mundo ultrapassado.

Nomear é libertar. E a partir disso, começa o movimento mais importante que vem após o diagnóstico: o de se reinventar e se reconhecer.

A influência da tecnologia e das IA’s

Hoje em dia crianças e adolescentes crescem cercados por telas e todo tipo de conteúdo. Eles dividem suas vidas entre o mundo físico e o digital, onde ambos trabalham moldando sua identidade, sua linguagem, sua forma de ver o mundo e suas emoções. Para o bem e para o mal, a tecnologia não é mais um acessório: é parte do ambiente emocional, social e cognitivo dessa geração.

E enquanto muitos adultos ainda tentam entender o impacto disso tudo, os jovens já estão imersos nesse mundo — aprendendo, tropeçando, criando e se conectando. A tecnologia pode intensificar a solidão desses jovens ao mesmo tempo que pode ser o meio de campo para conectar com outros adolescentes com os mesmos gostos. A internet pode sobrecarregar, mas também ajudar a organizar. Pode esconder um diagnóstico, mas também ajudar a revelá-lo, como a Braine tem feito no último ano com seu projeto Aura T.

Aura T

O Aura T é uma ferramenta de inteligência artificial desenvolvida pela Braine para apoiar o pré-diagnóstico de autismo, especialmente em jovens. Seu papel não é substituir os profissionais de saúde, e sim auxiliar como uma ferramenta para o diagnóstico, organizando e interpretando as informações que já fazem parte do processo clínico — como os testes padronizados e entrevistas — e gerando um relatório completo com base nesses dados.

E como toda IA bem treinada, quanto mais gente usa, mais inteligente ela fica. Cada novo dado inserido ajuda a afinar a acurácia do sistema que se atualiza constantemente. Isso significa menos ruído no diagnóstico, mais agilidade no processo e um cuidado que chega antes da crise.

Como equilibrar tecnologia, redes sociais e neurodivergência

1. Use IA a favor do cuidado, não do controle

Ferramentas baseadas em inteligência artificial, como as desenvolvidas pela Braine, são capazes de identificar padrões cognitivos e emocionais, ajudando no diagnóstico precoce e no acompanhamento contínuo. A IA não substitui vínculos, mas amplia o olhar e antecipa necessidades.

2. Incentive o uso de apps que promovem o autoconhecimento

Existem tecnologias que ajudam o jovem neurodivergente a mapear seus próprios gatilhos, organizar pensamentos e desenvolver autonomia.

4. Estimule a pausar

Softwares com timers de foco, pausas programadas e avisos de sobrecarga ajudam o jovem a se organizar sem depender apenas da força de vontade. O cérebro agradece.

5. Faça da IA uma mediadora de diálogo

A inteligência artificial pode abrir espaço para conversas difíceis entre jovens, pais e educadores. Ao trabalhar em conjunto com essas pessoas, ela apresenta dados no lugar de achismos e ajuda na organização da vida desses jovens.

Como professores e pais podem apoiar e não sufocar

  • Pare de tentar “consertar” o neurodivergente:Neurodivergência não é um erro, então não precisa ser corrigido. O apoio começa quando paramos de tentar mudar essa pessoa e passamos a tentar entende-la.
  • Aprenda a escutar: Todo comportamento inadequado é uma mensagem que o jovem ainda não conseguiu expressar. Busque ouvir e entender além do que é dito.
  • Crie rotinas adaptáveis: Crianças neurodivergentes se beneficiam de previsibilidade, mas isso não significa rigidez. Estrutura deve acolher, não engessar.
  • Ofereça apoio: Você não precisa caminhar os passos desse jovem, apenas ofereça as ferramentas para que ele aprenda a traçar os próprios passos.
  • Evite comparações: Frases como “na sua idade eu já…”, “Seu irmão não faz isso” apenas desmotivam e enraivecem o adolescente. Cada desenvolvimento tem seu próprio ritmo, e isso é a diversidade e singularidade de cada um.
  • Crie laços entre instituição e família: O que se observa em casa importa na sala de aula, e vice-versa. Pais e professores devem trabalhar em conjunto para criar um ambiente agradável para os jovens.
  • Busque conhecimento antes de exigir comportamento:Entender o que é TDAH, autismo ou dislexia é o primeiro passo para ensinar e cuidar de forma consciente. Informação é poder — e cuidado também.

Diagnóstico não é fim é (re)começo

O diagnóstico pode parecer o fim para quem ainda não tem conhecimento sobre a neurodivergência, as na verdade, ele é só o começo de uma nova vida com mais clareza, consciência e autonomia. Saber quem se é, é o início da liberdade do indivíduo.

Não existe cura para o que não é doença, neurodivergência não é algo a ser consertado — é algo a ser compreendido e transformado na sociedade para tornar o mundo escolar, do mercado financeiro das universidades e das relações sociais, um lugar mais inclusivo para todos.

A inteligência artificial quando desenvolvida com propósito pode ser uma aliada poderosa no processo de diagnóstico em jovens. É isso que a Braine tem feito: transformar dados, padrões e comportamentos em caminhos mais claros para quem vive os desafios da neurodivergência.

Se você quer entender como a tecnologia está sendo usada para transformar realidades, participe do Encontro de Informação e Saúde: Neurodiversidade, que acontecerá de 2 a 6 de junho. Vamos discutir o impacto das inteligências artificiais no diagnóstico e no cuidado de pessoas neurodivergentes.

O futuro está sendo escrito por quem decidiu não esperar.

O que o Dia do Humor nos ensina sobre a saúde mental neurodivergente

Você já se perguntou o por que de tantas pessoas neurodivergentes experimentarem mudanças de humor e variações emocionais tão recorrentemente? A resposta dessa pergunta é mais complexa do que você imagina e pode transformar a forma como você enxerga a neurodivergência.

Nesse dia Dia do Humor, celebramos o riso e a arte dos humoristas que buscam sempre cativar o público com piadas muito bem pensadas e preparadas antes do show. Mas imagine o seguinte cenário: você está em um show de standup de um humorista muito famoso, a piada é feita, e logo em seguida o riso vem, do nada, lágrimas invadem seus rosto e um silêncio profundo toma conta. Como explicar que um momento de extrema alegria se tornou motivo de lágrimas? Para alguma pessoas neurodivergentes, o humor vai além da piada — ele é uma resposta sensorial a uma série de influências externas e uma forma de adaptação ao mundo.

Vamos entender o que está por trás da neurodiversidade emocional?

Humor e Neurodivergência: o que isso tem a ver?

Oscilar entre risadas altas, picos de energia, introspecção e silêncio, são variações de humor comuns entre pessoas neurodivergentes. O diagnóstico de TDAH, autismo, dislexia entre outros, influenciam na regulação hormonal e emocional, principalmente na forma como o mundo é sentido por essas pessoas.

Mais do que “controlar” essas formas de se expressar, é necessário construir espaços onde elas não precisem reprimir esses sentimentos. Para pessoas neurodivergentes, o humor trabalha como um termômetro do ambiente, um código de leitura do que está (ou não) funcionando ao redor.

O que causa as variações de humor em neurodivergentes?

As variações de humor geralmente são respostas a estímulos hormonais e ambientais, que muitas vezes passam despercebido pelo olhar neurotípico. Os gatilhos mais comuns são:

  • Sobrecarga sensorial e social
  • Comunicação ambígua
  • A quebra de rotina
  • Muitos estímulos de uma só vez
  • Ambientes considerados emocionalmente inseguros

O cérebro neurodivergente processa as emoções e os estímulos externos de diferentes maneiras — o que significa que o impacto de um acontecimento simples e cotidiano é muito mais incômodo. O que para uns é apenas barulho, para outros é um alerta de perigo.

Como ajudar durante uma crise:

As oscilações de humor são a expressão de um sistema nervoso que está atento e na procura de encontrar equilíbrio em lugares que, muitas vezes, não estão preparados para acolher a diversidade neurológica. Por isso, muitas vezes, essas pessoas passam por crises intensas em locais públicos e se veem sem saída, buscando ajuda de quem está por perto. As ações que podem ser tomadas durante uma crise são:

  1. Reduza estímulos: ambientes silenciosos com luz baixa auxiliam na estabilização emocional de uma pessoa em crise.
  2. Pergunte se a ajuda é bem vinda: “Eu posso ficar aqui com você?”, “Posso te ajudar?” e “Você prefere ficar sozinho agora?” são as melhores perguntas que podem ser feitas nesses momentos.
  3. Valide as emoções: Validar as emoções da pessoa em crise pode ajudá-la a se sentir compreendida e aos poucos ir estabilizando suas emoções.
  4. Trabalhe com a distração: Auxiliar no redirecionamento da atenção para atividades ou coisas que sejam do interesse da pessoa em crise é uma das melhores alternativas para aliviar o estresse.
  5. Não leve para o lado pessoal: É importante lembrar que durante um momento de crise, a pessoa não consegue gerenciar o que está sentido e como se expressar. Por isso, suas reações — muitas vezes intensas ou descontroladas — tendem a ser direcionadas justamente a quem está mais próximo, não por escolha, mas por proximidade.
  6. Priorize a segurança: A autolesão e o comportamento agressivo são comuns durante as crises. Por isso, torna-se necessário segurar suas mãos para que ela não machuque a si mesma ou outras pessoas.

Quando o ambiente adoece mais que o diagnóstico

Não é incomum que uma pessoa neurodivergente se questione: “Será que sou eu o problema?” E a resposta é não.

Lugares que concentram uma grande carga de pressão sobre as pessoas e que punem qualquer variação de humor que não siga a ‘norma’ do ambiente, são lugares de risco para a saúde mental de pessoas neurotípicas e atípicas. Em vez de trabalhar na formação de um ambiente que proporciona bem estar àqueles que ali estão, esses espaços reforçam a ideia de que só há uma forma “correta” de se sentir — e por tabela, de existir.

Pessoas neurodivergentes não vivem em desequilíbrio interno; elas apenas tem reações em ambientes considerados desregulados, barulhentos, acelerados e que pressionam. Quando as estruturas não se adaptam, o corpo grita e o humor oscila. Não como descontrole, mas como um alarme que avisa que algo está errado do lado de fora.

Incentivar a adaptação de locais públicos e ambientes profissionais para que se tornem locais mais inclcusivos é tão urgente quanto oferecer cuidado individual. Leia mais sobre isso no blog da Braine com o texto sobre Neurodivergência e Mercado de trabalho.

As variações de humor como aparato para pessoas neurodivergentes

Enquanto muitos ainda veem a variação de humor em pessoas neurodivergentes como uma “reação exagerada” ou “coisa de gente mimada” as pessoas neurodivergentes tentam lutar por mais lugares que as acolham e entedam que as variações de humor simplesmente representam o corpo tentando traduzir aquilo que a linguagem não dá conta de expressar.

Em contextos onde a leitura de normas sociais é um desafio constante, o humor também é uma forma de interpretar o que está acontecendo ao redor. Uma súbita irritação, por exemplo, pode apontar que há algo dissonante nas relações — mesmo que ninguém tenha verbalizado.

Como mudar sua atitude:

Neste Dia do Humor, a proposta é outra: rir sim, mas também pensar. O humor não precisa esconder a dor — ele pode revelar caminhos de cuidado e ajuda.

Se você quer entender mais sobre como criar ambientes emocionalmente seguros, desmistificar a neurodivergência e repensar as relações humanas com pessoas neurodivergentes, participe do evento organizado pela Braine nos dias 2 a 6 de junho – Encontro de Informação e Saúde: Neurodiversidade

Neurodiversidade e Mercado de Trabalho: Desafios da Inclusão

A invisibilização de pessoas neurodivergentes no mundo dos negócios

Apesar da neurodiversidade ser um tema em alta nos noticiários nos últimos anos, pessoas neurodivergentes ainda enfrentam dificuldades quando o assunto é inclusão no mercado de trabalho.

Ainda não sabe o que é neurodiversidade? Confira mais em: Inteligência Artificial e Neurodiversidade: por um diagnóstico mais acessível e entenda como a inclusão de pessoas neurodivergentes no mercado de trabalho é importantíssimo para o crescimento econômico.

Inclusão neurodivergente no mercado de trabalho: por que ainda é tão difícil?

Você já se perguntou por que tantas pessoas neurodivergentes com formação ainda estão sem emprego? O que está por trás das estatísticas que mostram uma realidade tão desigual para os neuroatípicos?

De acordo com os dados da PNAD de julho de 2023, 18,9 milhões de pessoas no Brasil possuem algum tipo de deficiência. Dentre elas, apenas 29,2% estão inseridas no mercado de trabalho — um número muito abaixo da média geral da população, que é de 66,4%.

Esse estudo nos apresenta um problema estrutural: a falta de políticas de inclusão efetivas e o despreparo das empresas para acolher diferentes perfis neurológicos. Ainda hoje, a inclusão da neurodiversidade exige mais do que discursos bonitos na internet — exige mudança de mentalidade, investimento em acessibilidade e compromisso com a diversidade.

A urgência de uma nova mentalidade empresarial

Mesmo com a criação de leis de incentivo à inclusão e campanhas contra o capacitismo, o ambiente corporativo ainda exclui pessoas neurodivergentes mesmo sem perceber, e os motivos são variados:

  • Processos seletivos padronizados e pouco acessíveis
  • Lideranças sem preparo para lidar com a diversidade
  • Falta de interesse na adaptação de fluxos de trabalho e nas rotinas internas.

Inclusão além do marketing

Em contrapartida ao número de desempregados, nos últimos anos muitas marcas abraçaram a causa da neurodiversidade como estratégia de marketing, afim de atribuir a si a imagem de uma empresa que acolhe todas as diferenças.

Porém, nós que lutamos pelo pertencimento da neurodiversidade como um pilar das organizações, entendemos que acima da imagem da marca, a inclusão de pessoas neurodivergente transpassa o discurso e deve criar raízes entre os valores da organização e o seu dia a dia. Mais do que cumprir uma cota, incluir é transformar a cultura da empresa de dentro para fora. Não basta parecer inclusivo, é preciso ser.

Incluir não é tolerar: é reconhecer que há sabedorias que só a diferença pode nos ensinar.

Como construir espaços inclusivos dentro do ambiente empresarial:

Na Braine acreditamos que a inovação só acontece quando há espaço para todas as mentes contribuírem. A neurodivergência não é um obstáculo a ser contornado — é uma potência que precisa ser integrada. Para isso, entedemos que existe alguns pontos principais que uma empresa deve seguir para se tornar um ambiente que acredita na inclusão e trabalha na adaptação do espaço para receber profissionais neurodivergentes:

  1. Ouça quem vive a exclusão na pele
  2. Adapte o ambiente físico e digital
  3. Reveja critérios de seleção
  4. Tenha foco na entrega, mas também no bem-estar do profissional
  5. Treine suas lideranças

Inclusão não é sobre decorar o escritório com frases motivacionais ou dar cartões em datas comemorativas, é sobre fazer os colaboradores se sentirem parte do ambiente que eles frequentam todos os dias.

Como a inteligência artificial pode ajudar na inclusão de neurodivergentes?

A inteligência artificial de mãos dadas com o trabalho humano se torna uma ferramenta com muito poder para a inclusão de pessoas neurodivergentes no mercado de trabalho. A medida que, as IA’s quando bem ensinadas, conseguem transformar a experiência desse profissional e auxiliar na adaptação personalizada conforme suas necessidades.

  • Personalização de atividades de rotina de acordo com o perfil neurológico de cada pessoa
  • Identificação precoce de necessidades específicas, permitindo ações preventivas
  • Criação de ambientes digitais acessíveis, com recursos adaptados à forma de aprendizado e organização de cada colaborador
  • Apoio à liderança com insights baseados em dados sobre como acompanhar e apoiar melhor seus times
  • Redução de vieses inconscientes em processos seletivos e avaliações de desempenho
  • Aumento da produtividade

Braine e a Neurodiversidade:

Eu fui diagnosticado com TDAH aos 30 anos, e até então, carregava comigo o peso da culpa e das comparações, não era falta de esforço, era falta de entendimento. E quando finalmente tive acesso a um acompanhamento adequado, tudo mudou. Não porque eu mudei — mas porque passei a ser compreendido e a me compreender. Foi daí que nasceu a Braine.

A Braine foi criada porque acredito que a tecnologia deve ser aliada da sociedade e dos profissionais, e não substituta. A inteligência artificial usada como ferramenta da forma correta tem o poder de tornar visível aquilo que muitas vezes passa despercebido: padrões, necessidades e características únicas de pessoas neurodivergentes.

A Braine acredita no uso da tecnologia com propósito e transparência.

Seus principais pilares são:

  • Diagnósticos rápidos, baseados em dados e em constante atualização.
  • Acessibilidade nas informações com linguagem adaptada e com fonte dos profissionais da área da saúde.
  • Apoio contínuo com ferramentas personalizadas para familiares, profissionais de saúde e empresas.
  • Uma ponte entre o indivíduo e o cuidado que ele merece — sem filtros, sem demoras e sem barreiras.

Quer sair do discurso e partir para a ação?

Vivemos em um mundo em que somente falar sobre a neurodiversidade já não é mais o suficiente — é preciso repensar a inclusão, escutar quem precisa ser escutado, e sobretudo, agir para mudar.

Há uma virada em curso quando olhamos para a inteligência artificial como aliada da inclusão, e não como substituta. Abrimos espaço para um futuro em que todas as formas de pensar, sentir e criar sejam reconhecidas.

Conheça o próximo evento da Braine sobre neurodiversidade e inovaçãoEncontro de Informação e Saúde: Neurodiversidade

Um dos maiores encontros do Brasil dedicados à inclusão, tecnologia e diversidade no mercado de trabalho. É a oportunidade ideal para conhecer sobre o propósito da Braine, seus ideais e aprender com diferentes profissionais da área de inovação e saúde sobre como a tecnologia pode mudar vidas.

Inteligência Artificial e Neurodiversidade: por um diagnóstico mais acessível.

Descubra como a Inteligência Artificial pode ser uma aliada da Neurodiversidade por um Diagnóstico Neurodivergente mais acessível. Conheça também a missão da Braine no apoio aos profissionais de saúde, às pessoas neurodivergentes e suas famílias.

O que é Neurodiversidade e porque ela importa?

A Neurodiversidade é um conceito criado em pela socióloga e ativista Judy Singer em 1998 que reconhece variações naturais do cérebro humano, entendendo que alguns indivíduos tem um funcionamento neurodivergente, ou seja, fora do padrão esperado. A ideia é olhar para essas diferenças não como defeitos, mas como condições que devem ser compreendidas, acolhidas e, porque não, celebradas. Algumas condições que consideradas neurodivergentes são:

  • Autismo
  • TDAH
  • Dislexia
  • Síndrome de Tourette

Diagnóstico neurodivergente: quais os desafios?

O Diagnóstico Neurodivergente tem um impacto significativo na qualidade de vida das pessoas. Quando condições neurodivergentes não são diagnosticadas co, as pessoas enfrentam barreiras desnecessárias em diversas áreas da vida, como na no educação, no trabalho e nos relacionamentos pessoais.

Para realizar o diagnóstico de condições neurodivergentes é preciso que o paciente faça avaliações clínicas detalhadas, em múltiplas consultas, geralmente realizadas por profissionais especializados. Alguns desafios desse processo são:

  • Escassez de profissionais especializados em diversas regiões do país;
  • Falta de recursos (financeiros e de tempo) para realização de múltiplas consultas;
  • Desconhecimento e preconceito com relação à condições neurodivergentes.

Inteligência Artificial: uma aliada para os profissionais da saúde

A inteligência artificial (IA) está transformando diversas áreas da saúde, incluindo o suporte a pessoas neurodivergentes. Por meio de análises avançadas de dados, modelos de IA conseguem identificar padrões que servem de apoio aos profissionais para diagnosticar condições como autismo e TDAH de maneira mais rápida e precisa.

A Braine oferece uma solução em diagnóstico acessível e confiável que atua como suporte para os profissionais de saúde. Algumas características da Aura-T, a Inteligência Artificial da Braine:

  • Base científica: Projetada por cientistas vinculados à Universidade de São Paulo (USP), uma das maiores universidades do mundo;
  • Colaborativa: Desenvolvida em colaboração com profissionais da saúde, pessoas neurodivergentes e suas famílias;
  • Alta confiabilidade: modelo inicial apresenta alta acurácia quando combinada à avaliação de um profissional habilitado;
  • Segurança e privacidade: Compromisso com a LGPD, segurança e privacidade dos seus dados.

Diagnóstico mais acessível com a Braine

A Braine tem como missão democratizar o diagnóstico de condições neurodivergentes, permitindo que mais pessoas tenham acesso ao suporte que merecem. Sabemos que a tecnologia, aliada ao cuidado e à empatia, é uma ferramenta poderosa para transformar vidas.

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