Como os animais podem ajudar no cuidado de pessoas neurodivergentes?

Ter um animalzinho de estimação por si só já é capaz de transformar toda a nossa vida e rotina — e quando falamos sobre pessoas neurodivergentes essa conexão vai além.

Estudos clínicos mostram que os animais ajudam na regulação emocional e fortalecem a autonomia de pessoas neuroatípicas.

Além do amor sem precedentes, um animal de assistência é capaz de auxiliar na melhora da qualidade de vida de inúmeras pessoas.

O apoio emocional que acalma e acolhe pessoas neurodivergentes

Para pessoas com autismo, TDAH e outras condições do neurodesenvolvimento, o mundo pode ser excessivamente barulhento e hostil.

A presença de um animal de assistência pode servir como uma âncora sensorial e emocional.

Interações simples — como um cachorro deitado ao lado, o som rítmico de um gato ronronando, ou o toque do pelo durante uma crise de sobrecarga sensorial — são capazes de reduzir o cortisol (hormônio do estresse) e aumentar a produção de ocitocina, o hormônio associado ao bem-estar e à confiança.

Isso não é intuição — é ciência.

Estudos como este publicado na Frontiers in Psychology confirmam os benefícios da interação entre pessoas neurodivergentes e animais.

Woman with White Horse in Stables
Atualmente a equoterapia como forma de tratamento de pessoas neurodivergentes tem tomado cada vez mais espaço

Cães de serviço e suporte emocional

Animais de suporte emocional e cães de serviço são treinados especificamente para acompanhar pessoas neurodivergentes.

Eles ajudam na prevenção de crises em locais públicos, dão suporte físico e emocional, contribuem com rotinas estruturadas e, principalmente, proporcionam um senso de segurança constante.

Em crianças, especialmente, o vínculo com o animal pode ser o primeiro canal real de comunicação com o mundo exterior.

Se comunicar com o animal para se comunicar com o mundo

Uma das maiores dificuldades relatadas por pessoas neurodivergentes é a sensação de não ser compreendido. Com os animais, essa barreira cai. Eles não cobram respostas verbais, não julgam, não exigem performance.

Esse espaço de aceitação total é terapêutico e para muitas crianças isso representa a primeira possibilidade real de experimentar afeto sem condicionamentos.

A comunicação não-verbal, que muitas vezes é o ponto forte de pessoas neurodivergentes, é respeitada e valorizada nesses vínculos.

Woman with Dog by Lake
O vínculo com o animal pode ser o primeiro canal real de comunicação com o mundo exterior

Autonomia e rotina

Para as crianças, ter um animal de estimação pode ser o ponto de partida para desenvolver habilidades de organização e responsabilidade.
A autonomia dada por essas responsabilidades auxilia no desenvolvimento de habilidades que acompanham as necessidades do animal:

  • Cuidados com higiene
  • Necessidade de atenção
  • Saúde e alimentação
  • Adestramento
  • Olhar atento às mudanças comportamentais

Para pessoas com TDAH, por exemplo, a repetição e o vínculo afetivo com o animal ajudam a estabelecer rotinas — algo que em muitos casos é difícil de manter com base apenas em obrigações sociais.

Terapias assistidas por animais: o que diz a prática clínica?

Técnicas como a equoterapia (com cavalos) e a zooterapia (com cães e outros animais) vêm ganhando cada vez mais espaço em instituições de saúde e educação.

No Hospital Albert Einstein, por exemplo, a Terapia Assistida por Animais (TAA) já é parte dos protocolos complementares de cuidado.

A convivência com animais durante a infância é capaz de transformar a rotina de uma criança

A relação entre humanos e animais nunca foi só sobre companhia

Você ja deve ter ouvido a expressão “o cachorro é o melhor amigo do homem”, certo?

Hoje os animais de estimação já são considerados parte da família por muitas pessoas, e isso não é por acaso. Os laços criados entre humanos e animais são verdadeiros, é amor como qualquer outro tipo de amor!

Se esse carinho é capaz de curar tantas dores internas, por que não utilizar desse companheiro como parceiro de tratamento de pessoas neuroatípicas?

Em um mundo que ainda mede a funcionalidade humana por métricas produtivas, os animais ensinam — e sem dizer uma palavra — que resultados também são construídos com o acolhimento e a presença.

Vamos aprofundar essa conversa?

Leia mais curiosidades sobre neurodiversidade e a influência da inteligência artificial nos estudos hoje em dia no blog da Braine.

Participe do próximo Encontro sobre Diversidade e Inclusão nos dias 2 a 6 de junho, vamos falar também sobre o papel da tecnologia e das práticas integrativas no cuidado de pessoas neurodivergentes.

Legado de Empatia: Papa Francisco e seu Apoio à Neurodiversidade e Inclusão

Com o falecimento do Papa Francisco, recordamos seu legado marcante de compaixão e defesa incansável pela inclusão das pessoas neurodivergentes, especialmente crianças autistas.

Gestos que valem mais que palavras: O Papa Francisco e a inclusão na prática

O pontificado do Papa Francisco (2013-2025) ficou conhecido por sua empatia genuína e por suas atitudes de acolhimento com todos, mas principalmente com minorias sociais e crianças neurodivergentes.

Um momento inesquecível ocorreu durante uma audiência pública, quando uma criança autista subiu espontaneamente ao palco, e ao invés de afastá-la, o Papa interrompeu seu discurso e acolheu-a com um sorriso caloroso, permitindo que permanecesse ao seu lado durante todo o evento.

Este gesto demonstrou ao mundo inteiro o valor da inclusão espontânea, genuína e humana.

Confira o vídeo do momento no canal da Tv Brasil

Papa Francisco acolhendo criança com autismo durante audiência pública, simbolizando seu compromisso real com a inclusão.

Uma metáfora poderosa: cada pessoa como uma flor única

Em setembro de 2020, durante um encontro com crianças do Centro para o Autismo “Sonnenschein” na Áustria, o Papa Francisco compartilhou a seguinte mensagem:

“Deus criou o mundo com uma grande variedade de flores, de todas as cores. Cada flor tem sua própria beleza, que é única. Cada um de nós também é belo aos olhos de Deus, e Ele ama-nos.”

Essa metáfora feita pelo líder religioso lembrou à todos sobre a singularidade de cada pessoa e como há beleza nas diferenças, principalmente na neurodiversidade.

Papa Francisco visita o Centro Sonnenschein para o Autismo, reforçando seu compromisso com a valorização da neurodiversidade.

Combatendo o isolamento e promovendo redes de apoio

Um dos aspectos mais marcantes da atuação do Papa Francisco foi sua consistente defesa da criação de redes de apoio para pessoas autistas e suas famílias.

Reconhecendo o impacto devastador do isolamento social, Francisco apelou repetidamente à importância da integração comunitária, envolvendo os familiares, educadores, profissionais de saúde e comunidades religiosas.

Ele frequentemente ressaltava que abraçar a neurodiversidade é uma responsabilidade ética e uma oportunidade de crescimento para todo o coletivo, pois isso gera aprendizado mútuo.

Uma inspiração para a Braine e a sociedade

A visão do Papa Francisco sobre a neurodiversidade inspira continuamente nossos esforços dentro da Braine para transformar a sociedade em um lugar mais inclusivo.

Seguimos comprometidos em criar espaços sociais, educacionais e profissionais onde cada indivíduo possa expressar plenamente seu potencial, independentemente das diferenças neurobiológicas.

Ao refletirmos sobre a herança deixada por Francisco, torna-se ainda mais clara a responsabilidade de continuar esta trajetória que prega o respeito e a inclusão de todos.

Que a memória e o legado do Papa Francisco nos estimulem diariamente a lutar por um mundo onde a neurodiversidade não seja apenas aceita, mas valorizada e respeitada.

Quer saber mais sobre o trabalho da Braine?

Acesse o nosso blog e confira os últimos conteúdos sobre neurodiversidade tanto em crianças quanto em adultos!

Quando o diagnóstico do filho revela o dos pais

Quando o olhar para o outro vira um espelho para dentro

O diagnóstico de uma criança neurodivergente — seja com autismo, TDAH ou dislexia — costuma ser um marco na vida da família.

É nesse momento que muitos pais se veem, pela primeira vez, diante de um espelho quando olham para os filhos e reconhecem padrões, comportamentos e dificuldades que eles também identificam em si mesmos.

A partir desse momento, se inicia uma nova e tardia caminhada de autodescoberta. Emocionalmente densa, mas profundamente libertadora.

Smiling girl with parents and dog at wooden wall
diagnóstico de pais e filhos

Por que isso acontece?

Por muito tempo, os diagnósticos de condições neurodivergentes foram baseados em estereótipos, voltados principalmente para crianças — e em especial, meninos.

Isso fez com que muitos diagnósticos fossem mal compreendidos, especialmente no caso da chamada síndrome de Asperger, que levou a diversos diagnósticos errôneos em pessoas que tinham autismo – e o contrário também acontecia.

Muitas gerações cresceram mascarando seus sintomas e lidando com as frustações da rotina. Esses adultos quando recebem o diagnóstico de seus filhos, enxergam aquilo que sempre esteve ali.

Como esse ciclo pode transformar famílias?

Para esses pais, a descoberta da neurodivergência vem acompanhada de um misto de alívio e dor. Alívio por entender o que antes era vivido como inadequação. Dor por não terem sido vistos ou acolhidos em sua infância.

Mais do que um diagnóstico, esse processo é um convite para escrever um novo caminho, se perdoar, se conhecer e, principalmente, se enxergar com mais amor e empatia.

  • Relação entre pais e filhos mais compreensiva e menos punitivista
  • Busca por tratamento que melhoram a qualidade de vida
  • Adaptação de atividades que antes não se adequavam a família
  • Entendimento interpessoal e coletivo
Happy asian parents with son and daughter preparing breakfast in kitchen
crianças e pais

Os desafios sempre vão existir, mas…

Nenhuma jornada é igual, pais que descobrem sua neurodivergência a partir dos filhos não estão atrasados: estão exatamente onde precisam estar. Porque muitas vezes, é no ato de cuidar que a gente finalmente aprende a se cuidar também.

Vamos continuar essa reflexão?

Participe do Encontro de Informação e Saúde: Neurodiversidade, que acontece de 2 a 6 de junho. Vamos juntos construir um futuro mais empático, com informação de verdade.

7 mitos que te contaram sobre a neurodivergência

A neurodivergência é um tema que tem ganhado cada vez mais holofotes, e com isso, a desinformação também tem crescido.

O que muitas vezes é entendido erroneamente, precisa ser desmistificado para que possamos construir uma sociedade que preza pela inclusão de pessoas neurodivergentes.

Neste texto vamos abordar 7 mitos que ainda persistem sobre a neurodiversidade e como eles impactam a maneira como vemos as pessoas neurodivergentes.

Sunflower lanyard, symbol of people with invisible or hidden disabilities.
colar neurodiversidade

1. Neurodivergência é só autismo e TDAH

A neurodiversidade abrange uma ampla gama de condições, incluindo TDAH, dislexia, transtornos de aprendizagem e outras condições neurológicas. O autismo e o TDAH são somente duas das formas de neurodivergência que existem, contudo são as que mais se popularizaram nas redes.

2. Pessoas neurodivergentes são menos inteligentes

Ser uma pessoa neuroatípica não te faz menos inteligente. Pelo contrário, alguns neurodivergentes são considerados superdotados e muitos possuem habilidades extraordinárias como: uma memória excepcional, capacidade de foco em detalhes específicos ou habilidades únicas em atividades técnicas e criativas.

Acreditar que a condição neurológica limita a inteligência de uma pessoa não passa de preconceito.

3. Ser neurodivergente é ser doente

A neurodivergência é uma variação natural do funcionamento do cérebro humano que se difere do que é considerado típicamente esperado ou normal.

Não se trata de uma doença, nem de algo que precisa ser “consertado” é apenas uma maneira diferente de processar e interagir com o mundo.

Encarar a neurodivergência como um erro a ser corrigido desumaniza pessoas que simplesmente vivenciam a realidade de forma distinta das normas neurotípicas.

4. Pessoas neurodivergentes não podem ter uma vida profissional bem-sucedida

Com as adaptações certas no ambiente de trabalho, pessoas neurodivergentes podem ser altamente produtivas e alcançar toda as suas metas profissionais.

A chave está em criar espaços inclusivos que permitam que essas pessoas se destaquem de acordo com suas habilidades únicas. Muitos profissionais neurodivergentes, especialmente no campo da tecnologia, tem apresentado habilidades incríveis na atuação com a inovação devido a sua criatividade.

5. Autismo é sempre acompanhado de deficiência intelectual

O autismo é um espectro, portanto, varia amplamente de pessoa para pessoa. Muitas pessoas no espectro autista tem inteligência dentro da média ou até acima da média, mas podem ter desafios em áreas como comunicação social e comportamentos repetitivos.

A ideia de que todo autista tem deficiência intelectual é uma visão restrita e prejudicial.

6. Pessoas neurodivergentes são incapazes de ter empatia ou de se conectar com os outros

A capacidade de empatia não está ligada à neurodivergência, por isso não podemos generalizar.

Muitas pessoas neurodivergentes tem uma compreensão profunda das emoções e das necessidades dos outros, ao mesmo tempo que enfrentam grandes dificuldades em expressar as suas próprias.

Contudo, algumas pessoas apresentam sim falta de empatia como sinal da neurodivergência, mas isso não faz dela uma pessoa ruim.

Entenda sobre isso lendo nosso post sobre variações de humor em pessoas neurodivergentes.

7. A neurodivergência é algo raro e pouco comum

De acordo com o CDC (Centers for Disease Control and Prevention) dos Estados Unidos, cerca de 1 em cada 36 crianças foi identificada com transtorno do espectro autista (TEA) . Essa estimativa representa um aumento em relação a dados anteriores, refletindo a necessidade de uma maior conscientização e melhorias nos métodos de diagnóstico.​

Segundo a OMS, 15% da população mundial é considerada neurodivergente, ou seja, no Brasil somos mais de 30 milhões.

O conceito de neurodiversidade é muito mais amplo do que ouvimos por aí

Como lidar com os mitos sobre neurodivergência?

Desmistificar esses mitos é importantíssimo para criar um ambiente saudável para todas as pessoas.

A educação é um dos principais caminhos para combater fake news sobre a neurodiversidade, tanto em escolas quanto no local de trabalho e na sociedade como um todo.

Precisamos questionar as convenções e criar espaços onde todas as diferenças possam ser reconhecidas e respeitadas.

Foi com esse compromisso que a Braine nasceu dentro da USP — a maior universidade da América Latina. Nossa base é científica, sólida e comprometida com a transformação real do estudo da saúde mental no Brasil.

A mudança começa com o conhecimento

Se você quer entender mais sobre como a neurodiversidade está mudando o panorama social e profissional, participe do Encontro de Informação e Saúde: Neurodiversidade, que acontece entre os dias 2 e 6 de junho.

Vamos juntos construir um futuro mais inclusivo para todos!

Quer saber mais sobre como tecnologia e saúde podem caminhar juntas?

Acesse: Quando o adolescente descobre que é neurodivergente – Braine Digital

Neurodivergência em povos indígenas

Diagnóstico, cultura e invisibilidade: onde estão os indígenas neurodivergentes?

A neurodivergência é frequentemente discutida sob uma perspectiva urbana. No entanto, entre os povos indígenas, essas questões são envoltas por uma capa de invisibilidade que nos apresenta os desafios vividos e barreiras culturais enfrentadas até os dias atuais.

Este texto explora como a neurodivergência é percebida e tratada nas comunidades indígenas, destacando as necessidades que ainda existem e como o governo pode e deve ajudar no acolhimento e inclusão dessas pessoas.​

O acesso ao diagnóstico

Estudos indicam que o diagnóstico de condições neurodivergentes em comunidades indígenas é extremamente escasso, uma vez que essa populações tem pouco acesso a médicos profissionalizados na área neural.

Um artigo de 2016 sobre saúde mental em contextos indígenas, conta que estudos que foram feitos nos anos anteriores identificaram sintomas de TDAH em 13 de 53 crianças da etnia Karajá na Ilha do Bananal, sugerindo uma prevalência significativa da condição nessa população.

A escassez de serviços especializados e as barreiras geográficas dificultam o acesso preciso a diagnósticos e tratamentos adequados para muitas comunidades indígenas.

Essa falta de assistência contribui para a invisibilidade dessas pessoas na sociedade, deixando de lado questões de saúde pública, como é o caso dos diagnósticos de neurodivergência.

Caminhos para a inclusão

  • Desenvolver políticas públicas voltadas aos povos indígenas que considerem as especificidades das comunidades indígenas.​
  • Investir em formação de profissionais de saúde, capacitando-os para reconhecer e respeitar as particularidades culturais no diagnóstico e tratamento.​
  • Fomentar pesquisas interdisciplinares e projetos, que envolvam as próprias comunidades indígenas na construção do conhecimento sobre neurodivergência.​

Quer aprender mais sobre o tema?

A neurodivergência entre os povos indígenas é uma realidade que requer mais atenção e respeito.

Somente com uma abordagem interseccional e inclusiva será possível garantir que todas as pessoas neurodivergentes, independentemente de sua origem, tenham acesso aos cuidados e ao respeito que merecem.

No nosso artigo sobre Saúde 5.0, exploramos como inovação junto a empatia pode transformar o cuidado de pessoas neuroatípicas.

5 livros infantis que falam sobre neurodiversidade e respeito

Não existe magia maior na vida de uma criança do que quando ela finalmente se vê representada no mundo.

Crianças neurodivergentes costumam crescer se sentindo diferentes por acreditarem que ninguém as entende ou que não são capazes de se encaixar no mundo.

A literatura infantil tem o poder de transformar essa percepção a medida que protagonistas neurodivergentes são criados, histórias que retratam as diferenças são escritas e a leitura é incentivada dentro da escola e de casa.

5 livros que ensinam sobre respeito e diversidade para crianças:

1. Meu Amigo Faz iiiii – Andréa Werner

Este livro é uma ótima ferramenta para introduzir o tema do autismo à crianças, a narrativa conta a história de Nil e Bia, uma amizade que cresce graças ao cuidado e empatia que Bia tem pelas diferenças do amiguinho autista Nil. O tema do autismo é abordado de forma sensível e natural, zelando pelo respeito e amizade entre crianças.

2. Tudo bem ser diferente – Todd Parr

Este livro apresenta as diferenças individuais de forma visual e bem didática, promovendo a aceitação e o respeito desde a infância, abordando temas como adoção, separação dos pais, deficiências físicas e preconceito racial com uma leveza sem precedentes.

3. Dá Licença, Sou Autista – Vanda Pinheiro

A obra aborda com sensibilidade os desafios enfrentados por alunos autistas no ambiente escolar. Por meio de elementos visuais e muita sensibilidade, o livro mostra como estratégias pedagógicas simples e adaptações do espaço podem transformar a experiência de aprendizagem e promover a inclusão desses alunos.

4. O fone que não toca música – Selma, do Mundo Autista

A narrativa tem como foco principal o autismo, o bullying e a inclusão através da história de Eric, um menino autista que sofre bullying na escola. A narrativa destaca a importância do respeito às diferenças e da empatia entre as crianças.​

5. Do jeito que você é – Walter Sagardoy

Representando as diferenças e celebrando a diversidade, esta obra mostra que cada pessoa tem seu próprio jeito de ser. Com ilustrações delicadas, o livro incentiva as crianças a se aceitarem como são e a valorizarem as diferenças dos outros.​

O papel da literatura na infância

Livros infantis tem o poder de transportar crianças a mundos imaginários onde tudo é possível, inclusive aprender sobre respeito, amizade, coragem e etc.

Ao ser incentivada a ler histórias sobre diferentes assuntos a criança desenvolve inúmeras habilidades emocionais que a acompanharão por toda a vida.

Fazer uma criança neurodivergente se sentir vista e ouvida é um dos papéis da literatura infantil. Aprender sobre as diferenças de cada um e enxergar-se em um personagem a ajuda a validar seus sentimentos e se reconhecer como um ser pertencente a esse mundo.

Ao mesmo tempo, ela aprende a respeitar os amigos e que ser diferente é, na verdade, a coisa mais normal do mundo. Afinal todos nós somos diferentes uns dos outros.

Schoolgirl looking for book for reading in school library. Student choosing literature for reading
livros infantis neurodiversidade

A transformação está no dia a dia

Quando uma criança encontra uma personagem igual a ela dentro de uma história infatil, algo dentro dela se alinha e isso transforma tudo: sua autoestima, suas amizades, seu desenvolvimento e sua ideia de pertencimento.

Que tal começar a introduzir essas leituras no dia a dia das suas crianças?

Quer aprender mais sobre neurodiversidade na infância e adolescência? Leia mais em: Quando o adolescente descobre que é neurodivergente – Braine Digital

Participe do nosso Encontro de Informação e Saúde: Neurodiversidade que acontecerá nos dias 2 a 6 de junho.

Por que só agora? O diagnóstico de autismo na vida adulta

Após tantos anos em dúvida sobre quem eu sou, o que eu devo fazer depois do diagnóstico de autismo?

Você já se perguntou por que certas situações do cotidiano sempre pareceram mais difíceis para você do que para outras pessoas?

Ou por que tarefas simples sempre te esgotaram tanto?

Muitas pessoas neurodivergentes passam a vida inteira se sentindo fora do lugar até que, finalmente, recebem um nome para tudo aquilo que sempre sentiram e não sabiam como falar.

O diagnóstico de autismo na vida adulta vem crescendo – e muito -, especialmente entre mulheres e pessoas que sempre se adaptaram “bem demais” as normas sociais.

Mas por que ele demora tanto? E o que muda depois que ele chega?

Autism Awareness. Autism father holding hand his Autistic Child with I have autism bracelet
Um diagnóstico de autismo pode salvar vidas

Por que o diagnóstico de autismo demorou tanto?

Boa parte dos diagnósticos tardios acontecem por falta de um olhar atento e da escuta daquele paciente, uma vez que os sinais sempre estiveram lá.

Durante a infância, muitos pais — movidos por medo, desinformação ou até pelo desejo de proteger os filhos de rótulos — acabam negando aquilo que é evidente: que a neurodivergência existe e precisa ser compreendida, não ignorada.

O resultado? Crianças que cresceram sentindo que havia algo de errado com elas, quando na verdade, o que sempre esteve errado foi o acolhimento que elas não receberam.

Crenças que limitam:

Ainda carregamos o mito ultrapassado de que o autismo é uma condição exclusiva da infância. Essa crença faz com que adultos neurodivergentes passem despercebidos, mesmo quando os sinais estão ali — camuflados por adaptações que são funcionais e, muitas vezes, exaustivas.

Confira sobre outros mitos que te contaram sobre a neurodivergência.

O que muda com o diagnóstico na vida adulta ou tardio?

Receber um diagnóstico tardio significa que agora existe a possibilidade de se enxergar por uma lente nova, com mais carinho e respeito.

Saber que você é neurodivergente não define você, mas pode explicar muito do que foi vivido. Pode ajudar a construir relações mais honestas, cuidar melhor da saúde mental e reivindicar ambientes mais justos e acessíveis.

Algumas transformações comuns após o diagnóstico:

  • Alívio ao entender melhor seus comportamentos e emoções.
  • Redução da autocrítica e da culpa por dificuldades vividas.
  • Possibilidade de buscar apoio terapêutico direcionado às necessidades.
  • Reconstrução da identidade com mais liberdade e compaixão.

O diagnóstico é o início de um nova vida, uma onde há mais espaço para ser quem se é.

Free
Um adulto que se entende se torna um adulto livre

Como buscar ajuda?

O primeiro passo é buscar profissionais especializados em neurodesenvolvimento que compreendam as especificidades do espectro em adultos. Psiquiatras, psicólogos e neurologistas com esse tipo de formação poderão aplicar:

  • Entrevistas clínicas
  • Testes comportamentais
  • Escalas diagnósticas adaptadas

Atenção: não existe um único exame ou teste definitivo. O diagnóstico é construído com base em múltiplas observações, histórico pessoal, familiar e critérios científicos validados.

E quando a tecnologia entra em cena?

Ferramentas como o Aura-T, desenvolvidas pela Braine com inteligência artificial, tem ampliado a capacidade de interpretação de dados obtidos em testes.

Isso significa maior agilidade, organização de informações e apoio para profissionais e pacientes.

O Aura-T gera relatórios completos que indicam padrões de comportamento, aprendizado e interação social — sempre comparando com referências científicas sólidas.

Quanto maior o banco de dados, maior a precisão: a IA aprende com cada novo caso, ampliando sua sensibilidade para identificar sinais menos óbvios do espectro.

Quer entender mais sobre isso?

Se você é um adulto que recebeu um diagnóstico tardio e ainda se sente um pouco perdido nesse processo ou quer se preparar melhor para acolher pessoas neurodivergentes no seu entorno, participe do Encontro de Informação e Saúde: Neurodiversidade, que acontecerá entre os dias 2 e 6 de junho para promover a discussão sobre neurodivergência no Brasil e no mundo.

Mês do Autismo: Inteligência Artificial e Inclusão

No mês da conscientização do autismo vemos vários posts com fitas coloridas e frases prontas sobre inclusão.

Contudo, há uma pergunta que poucos se fazem: será que eu realmente entendo o que é autismo?

Criança

O que é autismo para além das definições

Quando você pesquisa sobre autismo no Google um dos primeiros resultados que a inteligência artificial gera é:

“O autismo, atualmente chamado de Transtorno do Espectro Autista (TEA), é um distúrbio do neurodesenvolvimento que se caracteriza por dificuldades na comunicação e interação social.”

Porém, o autismo e outras neurodivergências, vão muito além do significado exposto no diagnóstico, ele faz parte do dia a dia da pessoa neurodivergente e está em todas as suas ações.

O autismo que ninguém vê: mulheres, adultos e os casos invisibilizados

Por conta da construção social dos papeis de gêneros impostos desde a infância, as mulheres autistas tendem a desenvolver desde cedo estratégias de camuflagem social, adaptando sua fala, comportamento e expressões para se encaixar em um padrão esperado.

Por isso, os sinais importantes para diagnósticos tardios acaba sendo mascarado e confundido com sintomas de depressão, ansiedade e transtornos de personalidade.

Leia mais sobre o aumento dos diagnósticos de autismo em mulheres, apesar dos desafios, no site do Dráuzio Varella.

Com os avanços na discussão sobre neurodiversidade os diagnósticos em mulheres tem aumentado e o estudo tem sido aperfeiçoado.

Porém, devido ao preconceito e a falta de preparo de alguns profissionais de saúde, mulheres e adultos no geral ainda sofrem muito para conseguir um diagnóstico correto.

Em adultos, a busca por respostas costuma vir depois de anos de sofrimento emocional, relacionamentos difíceis e a constante sensação de estar fora da curva.

A verdade é que a neurodivergência não tem uma apresentação única — e quando ignoramos essa diversidade, deixamos muitas pessoas sem apoio.

Reconhecer os sinais menos óbvios é o primeiro passo para garantir a dignidade dessas pessoas.

Depressed women in bed. Top view of young sad women lying on the bed and hiding her face in hands
mulher

Diagnóstico precoce: o que mudou com a tecnologia

Plataformas como a Braine estão revolucionando a forma como a neurodivergência é identificada, criando um espaço mais acessível e menos traumatizantes para crianças, adolescentes e adultos – Saiba mais sobre o diagnóstico em jovens em: Quando o adolescente descobre que é neurodivergente – Braine Digital

Com apoio de dados, algoritmos éticos e redes interdisciplinares, o diagnóstico precoce deixou de depender só da intuição de um ou dois profissionais. Estamos saindo da lógica da exclusão e caminhando para o acolhimento digital — onde a tecnologia funciona como ponte e não como barreira. E quando a escuta é feita com código e sensibilidade, o resultado é potente.

Conscientizar é incluir: o papel de empresas, escolas e da sociedade

Abril é o mês da conscientização do autismo.

Mas de que adianta vestir azul se a empresa não contrata neurodivergentes?

Se a escola corrige e pune comportamentos que fogem do padrão?

Conscientizar é mais do que informaré agir.

É garantir acessibilidade em ambientes corporativos, adaptar avaliações escolares, ouvir quem vive a experiência de ser autista.

Não existe inclusão simbólica.

Ou ela é concreta, ou é maquiagem. E o primeiro passo para qualquer transformação real é parar de falar sobre pessoas autistas e começar a construir com elas.

Saiba mais sobre como tornar o ambiente de trabalho mais acessível em: Neurodiversidade e Mercado de Trabalho: Desafios da Inclusão – Braine Digital

Saúde 5.0: A Revolução Humana e Tecnológica no Cuidado

Vivemos tempos intensos: o avanço tecnológico deixou de ser mera ferramenta auxiliar e tornou-se um eixo fundamental em quase todas as esferas da vida.

Na saúde, entretanto, ainda vivemos grandes desafios: dados fragmentados, cuidado impessoal, sistemas frios e algoritmos desconectados das reais necessidades humanas. Diante disso, surge um novo paradigma: a Saúde 5.0, uma visão que vai muito além da digitalização e coloca o ser humano no centro das soluções.

Mas afinal, o que significa Saúde 5.0 e por que essa abordagem é tão revolucionária?

Entendendo o que é Saúde 5.0

Saúde 5.0 não é apenas um termo bonito ou mais um modismo tecnológico. É a convergência da tecnologia avançada com um olhar profundamente humano, ético e inclusivo para o cuidado com as pessoas. Ao contrário das versões anteriores, onde a tecnologia podia ser distante ou até mesmo invasiva, a Saúde 5.0 busca integrar harmoniosamente inteligência artificial, big data, machine learning, IoT e robótica em um sistema acolhedor e centrado na pessoa.

O que muda da Saúde 4.0 para a 5.0?

Na Saúde 4.0, o grande foco estava na digitalização, automação e eficiência operacional. Porém, muitas dessas soluções, apesar de tecnicamente impressionantes, esqueceram do principal: o fator humano. Médicos, enfermeiros e pacientes começaram a sentir uma frieza crescente nas relações, uma distância emocional e um aumento exponencial de estresse tecnológico.

A Saúde 5.0 nasce exatamente dessa percepção crítica, ela traz a humanização para dentro das tecnologias, não se trata de reduzir o uso de tecnologia, mas sim de usá-la com um propósito claro e empático.

Princípios fundamentais da Saúde 5.0

A Saúde 5.0 é sustentada por cinco grandes pilares:

1. A humanização radical

A tecnologia com sistemas que “ouvem”, compreendem contextos e entregam respostas sensíveis, garantindo seu uso como ponte para fortalecer vínculos, acolher e empoderar pacientes e profissionais.

2. Tecnologia ética e transparente

Dados são protegidos, algoritmos são auditáveis e compreensíveis, o que garante privacidade e respeito.

3. Interoperabilidade total

Informações fluem livremente, permitindo uma visão completa e integrada da saúde física, mental e social dos indivíduos.

4. Medicina preditiva e personalizada

Dados personalizados ajudam na prevenção e antecipação de problemas, criando planos individualizados e proativos.

5. Sustentabilidade e inclusão

Cuidados de saúde são desenhados para serem acessíveis, justos e ecologicamente responsáveis.

Como a Inteligência Artificial Potencializa a Saúde 5.0

A inteligência artificial é uma grande aliada nesse cenário, desde que usada com responsabilidade e clareza. IA pode analisar milhões de dados rapidamente, encontrar padrões que seriam invisíveis para humanos e apoiar decisões médicas complexas. Entretanto, na Saúde 5.0 a IA não substitui o profissional da saúde: ela o potencializa.

A IA pode ser usada em:

  • Diagnóstico rápido e preciso de doenças.
  • Personalização de tratamentos.
  • Gestão inteligente e eficiente de recursos hospitalares.
  • Triagem automatizada e humanizada via chatbots ou assistentes digitais.

Por que a Saúde 5.0 é essencial para a neurodiversidade?

Quando falamos sobre neurodiversidade, as abordagens tradicionais frequentemente falham. Os sistemas médicos atuais foram projetados, muitas vezes, sem considerar as particularidades cognitivas e emocionais de pessoas neurodivergentes. Isso gera exclusão, diagnósticos errados e tratamentos inadequados.

Na Saúde 5.0, a neurodiversidade é celebrada e compreendida. Algoritmos são treinados para reconhecer, respeitar e responder adequadamente às necessidades individuais. Não é apenas acolhimento; é uma transformação profunda na forma como percebemos e cuidamos da diversidade cognitiva e emocional.

A visão da Braine e sua relação com a Saúde 5.0

Na Braine, percebemos desde o início que cuidar não é somente uma questão tecnológica ou médica; é uma questão humana e social. Por isso, desenvolvemos soluções que refletem os princípios da Saúde 5.0.

Nossa plataforma utiliza inteligência artificial para promover cuidado integral, acolhendo pacientes neurodivergentes de maneira personalizada, empática e responsiva. Desenvolvemos agentes digitais como a Bruna, uma assistente que oferece apoio emocional e informativo, sempre com uma interação humanizada, acolhedora e baseada em evidências científicas.

Tecnologias-Chave na Saúde 5.0

  1. Wearables e IoT: dispositivos que acompanham em tempo real sinais vitais, humor, sono, atividade e comportamento, proporcionando uma visão completa e integrada da saúde.
  2. IA e Machine Learning: algoritmos para diagnóstico, tratamento personalizado, predição de crises e apoio à decisão médica.
  3. Robótica Assistiva: robôs que auxiliam em cirurgias, tratamentos e cuidados domiciliares com precisão e delicadeza.
  4. Blockchain e privacidade: tecnologias que garantem segurança, privacidade e controle absoluto dos pacientes sobre suas informações.

Saúde 5.0 em ação

  • Hospitais inteligentes: Unidades de saúde onde tudo, da triagem à alta médica, é potencializado por tecnologia humanizada.
  • Telemedicina Empática: Consultas online com assistentes virtuais que identificam emoções, oferecem acolhimento e apoio psicológico.
  • Personalização radical em saúde mental: Uso de dados individuais para oferecer suporte psicológico personalizado e proativo.

Como se preparar para essa revolução?

  • Investir em capacitação tecnológica e ética.
  • Garantir infraestrutura tecnológica inclusiva e acessível.
  • Incentivar o desenvolvimento de soluções centradas no ser humano.
  • Cultivar uma mentalidade aberta para aprender e crescer continuamente.

O futuro já começou

Saúde 5.0 não é uma promessa futura. É uma realidade que precisamos abraçar agora. Ela representa a melhor combinação entre tecnologia e humanidade.

Na Braine, acreditamos que a tecnologia só faz sentido se ela servir à humanidade. Não estamos aqui apenas para mudar processos, mas para transformar vidas. Não é só sobre inovação; é sobre responsabilidade, empatia e visão clara do futuro.

Se você acredita que o futuro da saúde precisa ser mais humano, inclusivo e inteligente, chegou a hora de agir. Participe do evento da Braine sobre neurodiversidade e inovação — um dos maiores encontros do Brasil dedicados à transformação do saúde por meio da tecnologia. É a oportunidade perfeita para descobrir como aplicar os princípios da Saúde 5.0 na prática, trocar experiências com quem está trabalhando dentro desse novo modelo e fazer parte da mudança.

Neurociência e neurodivergência em foco

Entender o cérebro é entender o comportamento

A ciência que abre crânios para salvar vidas é a mesma que hoje abre caminhos para melhorar o dia a dia de pessoas neurodivergentes. Nesse novo capítulo da neurociência, o protagonismo não é só do bisturi — é também dos dados, da inteligência artificial e da coragem de desafiar tudo o que já foi definitivo sobre o que é ou não “normal” na sociedade.

O papel da neurociência no diagnóstico e na quebra de estigmas

Durante muito tempo as crianças neurodivergentes que não se encaixavam dentro da caixinha do padrão escolar eram lidas como “distraídas demais” e rebeldes, esses jovens se tornaram adultos que viveram décadas achando que havia algo de errado com eles. Essa realidade começou a se tornar um pouco diferente quando os olhares se voltaram para neurociência e os profissionais decidiram investigar mais a fundo o que estava por trás desses comportamentos.

Hoje sabemos que o que antes era visto como preguiça pode ser sobrecarga sensorial, que o silêncio pode ser uma forma de processamento, que a agitação pode ser uma tentativa de autorregulação. Com a pesquisa, os diagnósticos se tornaram mais precisos, as ferramentas mais acessíveis, e isso se deve, em grande parte, à revolução da tecnologia.

Inteligência artificial: aliada na identificação da neurodivergência

A inteligência artificial não está apenas transformando a forma como nos comunicamos e consumimos conteúdo, ela também está revolucionando a medicina — e a neurociência é uma das áreas mais impactadas por essa inovação.

Soluções desenvolvidas por marcas como a Braine mostram como algoritmos treinados para reconhecer padrões neurológicos podem ajudar no diagnóstico precoce de condições como o autismo, TDAH ou dislexia. O que antes levava anos para ser detectado, agora pode ser identificado com mais agilidade, junto do apoio tecnológico, escuta atenta e conhecimento clínico. A IA não vem substituir o olhar humano, mas potencializá-lo — oferecendo precisão, agilidade e suporte aos profissionais da saúde.

O novo papel dos neurocirurgiões na era da neurodiversidade

Com a ampliação do conhecimento sobre a neurodivergência, o papel do neurocirurgião também se expandiu. Já não se trata apenas de operar cérebros, mas de compreendê-los em toda a sua diversidade. Muitos desses profissionais têm sido peças-chave na construção de diagnósticos integrados, colaborando com psiquiatras, psicólogos, neurologistas e cientistas da computação.

Neste Dia do Neurocirurgião, entedemos que o reconhecimento vai além da técnica. É hora de valorizar esses profissionais também como aliados na desmistificação da neurodivergência, uma vez que, eles estão ajudando a provar que a neurodivergência não se trata de um erro a ser consertado, mas de uma forma legítima — e potente — de existir.


Como agir a partir disso?

Se entender mais sobre o funcionamento do cérebro é o caminho para uma sociedade mais empática e justa, então buscar conhecimento nunca foi tão necessário.

Se você quer compreender mais sobre como a inteligência artificial está contribuindo com o avanço da neurociência e o diagnóstico de pessoas neurodivergentes, participe do Encontro de Informação e Saúde: Neurodiversidade, que acontece entre os dias 2 e 6 de junho.

Lá você vai descobrir como a tecnologia pode ser uma ponte — não para “consertar” ninguém, mas para iluminar caminhos que antes pareciam invisíveis. Porque o futuro é de quem pensa diferente — e já começou.