High angle view of special kid with autism among another on white background

Mês do Autismo: Inteligência Artificial e Inclusão

No mês da conscientização do autismo vemos vários posts com fitas coloridas e frases prontas sobre inclusão.

Contudo, há uma pergunta que poucos se fazem: será que eu realmente entendo o que é autismo?

Criança

O que é autismo para além das definições

Quando você pesquisa sobre autismo no Google um dos primeiros resultados que a inteligência artificial gera é:

“O autismo, atualmente chamado de Transtorno do Espectro Autista (TEA), é um distúrbio do neurodesenvolvimento que se caracteriza por dificuldades na comunicação e interação social.”

Porém, o autismo e outras neurodivergências, vão muito além do significado exposto no diagnóstico, ele faz parte do dia a dia da pessoa neurodivergente e está em todas as suas ações.

O autismo que ninguém vê: mulheres, adultos e os casos invisibilizados

Por conta da construção social dos papeis de gêneros impostos desde a infância, as mulheres autistas tendem a desenvolver desde cedo estratégias de camuflagem social, adaptando sua fala, comportamento e expressões para se encaixar em um padrão esperado.

Por isso, os sinais importantes para diagnósticos tardios acaba sendo mascarado e confundido com sintomas de depressão, ansiedade e transtornos de personalidade.

Leia mais sobre o aumento dos diagnósticos de autismo em mulheres, apesar dos desafios, no site do Dráuzio Varella.

Com os avanços na discussão sobre neurodiversidade os diagnósticos em mulheres tem aumentado e o estudo tem sido aperfeiçoado.

Porém, devido ao preconceito e a falta de preparo de alguns profissionais de saúde, mulheres e adultos no geral ainda sofrem muito para conseguir um diagnóstico correto.

Em adultos, a busca por respostas costuma vir depois de anos de sofrimento emocional, relacionamentos difíceis e a constante sensação de estar fora da curva.

A verdade é que a neurodivergência não tem uma apresentação única — e quando ignoramos essa diversidade, deixamos muitas pessoas sem apoio.

Reconhecer os sinais menos óbvios é o primeiro passo para garantir a dignidade dessas pessoas.

Depressed women in bed. Top view of young sad women lying on the bed and hiding her face in hands
mulher

Diagnóstico precoce: o que mudou com a tecnologia

Plataformas como a Braine estão revolucionando a forma como a neurodivergência é identificada, criando um espaço mais acessível e menos traumatizantes para crianças, adolescentes e adultos – Saiba mais sobre o diagnóstico em jovens em: Quando o adolescente descobre que é neurodivergente – Braine Digital

Com apoio de dados, algoritmos éticos e redes interdisciplinares, o diagnóstico precoce deixou de depender só da intuição de um ou dois profissionais. Estamos saindo da lógica da exclusão e caminhando para o acolhimento digital — onde a tecnologia funciona como ponte e não como barreira. E quando a escuta é feita com código e sensibilidade, o resultado é potente.

Conscientizar é incluir: o papel de empresas, escolas e da sociedade

Abril é o mês da conscientização do autismo.

Mas de que adianta vestir azul se a empresa não contrata neurodivergentes?

Se a escola corrige e pune comportamentos que fogem do padrão?

Conscientizar é mais do que informaré agir.

É garantir acessibilidade em ambientes corporativos, adaptar avaliações escolares, ouvir quem vive a experiência de ser autista.

Não existe inclusão simbólica.

Ou ela é concreta, ou é maquiagem. E o primeiro passo para qualquer transformação real é parar de falar sobre pessoas autistas e começar a construir com elas.

Saiba mais sobre como tornar o ambiente de trabalho mais acessível em: Neurodiversidade e Mercado de Trabalho: Desafios da Inclusão – Braine Digital

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *