Conheça 5 livros infantis que podem te ajudar a ensinar crianças a entenderem sobre empatia, respeito e neurodiversidade desde a primeira infância.
Não existe magia maior na vida de uma criança do que quando ela finalmente se vê representada no mundo.
Crianças neurodivergentes costumam a crescer em ambientes que a fazem acreditar que elas são diferentes por nenhum adulto entender como elas se sentem e o que elas fazem. Isso infelizmente faz com que elas acreditem que não são capazes de se encaixar no mundo.
A literatura infantil tem o poder de transformar essa percepção a medida que protagonistas neurodivergentes são criados, histórias que retratam as diferenças são escritas e a leitura é incentivada por professores e pela família.
5 livros que ensinam sobre respeito e diversidade para crianças:
1. Meu Amigo Faz iiiii – Andréa Werner
Este livro é uma ótima forma de introduzir o tema do autismo à crianças. A narrativa conta a história de Nil e Bia, uma amizade que cresce graças ao cuidado e empatia que Bia tem pelas diferenças do amiguinho autista Nil.
O tema do autismo é abordado de forma sensível e natural, zelando pelo respeito e amizade entre crianças.
2. Tudo bem ser diferente – Todd Parr
Já em “Tudo bem ser diferente”, a autora apresenta a diversidade que cada pessoa representa de forma visual e bem didática.
Esses elementos narrativos juntamente a abordagem de temas como adoção, separação dos pais, deficiências físicas e preconceito racial, ajudam a incentivar a aceitação e o respeito entre as crianças desde a infância com uma leveza sem igual.
3. Dá Licença, Sou Autista – Vanda Pinheiro
A autora da obra busca abordar com sensibilidade os desafios enfrentados por alunos autistas no ambiente escolar.
Por meio de elementos visuais e muita sensibilidade, o livro mostra como estratégias pedagógicas simples e adaptações do espaço escolar podem transformar a experiência de aprendizagem e auxiliar na inclusão desses alunos.
4. O fone que não toca música – Selma, do Mundo Autista
Com uma linda e representativa ilustração na capa e um título que fala muito com poucas palavras, “O fone que não toca” tem como foco principal o autismo. A autora fala de maneira sensível sobre o bullying através da história de Eric, um menino autista que sofre com o preconceito na escola.
A narrativa busca apresentar para as crianças a importância do respeito às diferenças e da empatia para que todos possam se sentir incluídos.
5. Do jeito que você é – Walter Sagardoy
Com ilustrações delicadas e uma linguagem fácil de ser compreendida, esta obra apresenta de maneira muito afetiva as diferenças e celebra a diversidade assim como ela é: maravilhosa e singular.
Ensinando que cada pessoa tem seu próprio jeito de ser, incentivando as crianças a se aceitarem como são e a valorizarem as diferenças que as tornam únicas no mundo.
O papel da literatura na infância
Livros infantis tem o poder de transportar crianças a mundos imaginários onde tudo é possível, inclusive aprender sobre respeito, amizade, coragem e etc. Ao ser incentivada a ler histórias sobre diferentes assuntos a criança desenvolve inúmeras habilidades emocionais que a acompanharão por toda a vida.
Fazer uma criança neurodivergente se sentir vista e ouvida é um dos papéis da literatura infantil. Aprender sobre as diferenças de cada um e enxergar-se em um personagem a ajuda a validar seus sentimentos e se reconhecer como um ser pertencente a esse mundo. Ao mesmo tempo, ela aprende a respeitar os amigos e que ser diferente é, na verdade, a coisa mais normal do mundo.
Afinal, todos nós somos diferentes uns dos outros.
A transformação está no dia a dia
A representação literária é um dos prinipais elementos que devem integrar a vida de uma criança, onde personagens com jeitos parecidos, aparência semelhante e formas de pensar que ressoam com os seus pensamentos representam o momento em que o mundo diz a ela: “você existe, você importa, você tem um lugar aqui”. E esse reconhecimento tem efeitos profundos e duradouros ainda mais quando entramos no âmbito da neurodiversidade, desses quais podemos ressaltar:
- Fortalecimento da autoestima da criança, que já não precisa se apoiar apenas em aprovações externas.
- Abertura para o caminho com amizades mais verdadeiras, onde a aceitação é mútua e a afinidade é honestat.
- Transformação do processo de aprendizagem em algo possível e mais leve.
E para além de tudo isso, essa sensação de reconhecimento planta na criança a semente do pertencimento — essa sensação fundamental de que não é preciso se moldar para caber, porque há espaço para ser exatamente quem você é.
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Quer aprender mais sobre neurodiversidade na infância e adolescência? Leia mais em: Quando o adolescente descobre que é neurodivergente – Braine Digital