Família na escola: fortalecendo o respeito

Família na Escola: Fortalecendo o Respeito

Como a família e a escola podem trabalhar lado a lado na construção do respeito entre os alunos

Uma criança que se entende e se respeita, também ensina sobre respeito para os amigos e professores.

Você sabe como a dinâmica familiar de crianças neuroatípicas impactam no desenvolvimento escolar delas?

Como já estou acostumado a dizer: neurodivergência não é sinônimo de limitação — é uma maneira diferente e única de estar no mundo e se apresentar à ele.

Autismo, TDAH, dislexia e outras condições são variações naturais do cérebro humano que resultam em diferentes jeitos de aprender, interagir e sentir.

E no meio desse processo todo, o papel da família é um dos mais influentes na vidas dessas crianças que no futuro se tornarão adultos dentro de uma sociedade que ainda vem se acostumando com as diferenças.

A forma como uma criança é acolhida dentro de casa reflete diretamente nas atitudes dela dentro da escola, e quando família e escola conseguem trabalhar juntos, essa criança encontra um espaço seguro para se abrir e se desenvolver sem amarras.

O papel da família

Muitos pais acreditam que a educação de seus filhos se limita aos bens materiais que eles tem obrigação de entregar. “Eu trabalho muito pra por comida no seu prato! Não preciso me preocupar com sua educação.” é o que muitas crianças, infelizmente, acabam ouvindo de seus próprios pais.

O prato de comida todos os dias é importante sim para o desenvolvimento de uma criança.

Porém o carinho no trato, o acolhimento no dia a dia, a escuta dos problemas e o abraço de quem diz “eu estou aqui por você”, “eu te entendo” também são muito importantes para uma criança se sentir realmente em casa.

Quando o responsável de uma criança está presente de corpo e coração, essa criança se sente segura para ser quem ela é, para contar seus segredos e medos.

E isso sim, a torna mais confiante para ser quem ela é na escola e em todos os lugares.

Parents and son with Down syndrome drawing on digital tablet
A presença na vida de uma criança é uma das coisas mais valiosas que um pai pode oferecer

A influência da família dentro da sala de aula

No Dia da Família na Escola, precisamos lembrar sobre como é importante esse papel ativo dos pais na vida dos alunos, porque é essa relação que reflete o comportamentos deles dentro da sala de aula e de todos os outros espaços que esse aluno frequenta.

É mais do que uma data comemorativa, é a chance de mudar suas atitudes.

Essa mudança de atitute pode transformar até mesmo o ambiente escolar, uma vez que a direção e os professores entendem as neurodiversidades dos alunos e comos eles são acolhidos em casa, podendo adaptar o ambiente escolar e a rotina desses alunos para que eles também se sintam acolhidos na escola.

Quando pais, responsáveis e educadores se unem com um objetivo comum — entender e apoiar cada criança como ela é — a inclusão deixa de ser um ideal distante e vira prática diária.

O que a escola aprende ao escutar

Famílias que compartilham com a escola as necessidades, os desafios e as conquistas de seus filhos estão ajudando a construir um ambiente onde cada aluno tem voz.

E mais do que isso, elas ajudam a fortalecer uma cultura escolar que visa o respeito a individualidade de cada um.

Com esse diálogo entre pais e alunos é possível:

  • Ajustar práticas pedagógicas
  • Acolher da forma correta comportamentos atípicos
  • Alterar rotinas e as dinâmicas de ensino para conseguir mais resultados
  • Criar momentos que os professores e crianças podem conversar sobre diversidade e respeito

Young school kids running on a walkway in their school
A escola precisa deixar de ser um molde rígido para se tornar um organismo vivo

A escola precisa deixar de ser um molde rígido para se tornar um organismo vivo, que aprende com quem está dentro dela.

O impacto da neurodiversidade na construção de uma escola mais humana

Incluir é adaptar e mudar a mentalidade.

Quando a escola entende a necessidade disso e que a neurodiversidade está presente na rotina escolar, ela naturalmente desafia os padrões impostos por uma educação retrógada que ainda se integra em muitas escolas.

E convida todos a pensarem como podemos lidar com um novo processo de aprendizagem que crie relações mais humanas.

É nessa convivência pautada no respeito entre diferentes estilos cognitivos e emocionais que nascem futuros adultos mais empáticos, mais atentos ao outro e mais preparados para um mundo que exige colaboração.

E agora? 3 passos possíveis para começar a mudança hoje

  1. Incentive a empatia dentro de casa:

Fale sobre respeito às diferenças de forma natural no dia a dia.

Assista filmes, leia livros com protagonismo neurodivergenteconvide seu filho a refletir sobre como ele se sente e como os colegas também se sentem.

(Confira a lista que fizemos de 5 livros infantis que falam sobre neurodiversidade e respeito

2. Participe ativamente das atividades escolares:

    Seja presente no dia a dia do seu filho, se engaje nas decisões escolares, participe das reuniões e apoie os professores.

    3. Exija uma escola que valorize a diversidade:

      Como responsável você tem o poder (e o dever) de cobrar posicionamento.

      Pergunte quais são as práticas de inclusão da escola, questione se há formação continuada dos professores sobre neurodivergência e peça por adaptações reais no ensino.

      redhead schoolboy showing laptop to african american teacher near classmates, back to school concept
      O Dia da Família na Escola é um lembrete de que educação não se constrói sozinha.

      Quando há parceria entre escola e casa, a mudança fica aparente não só nos boletins, mas na própria crianças, nas amizades que ela constrói e no seu senso de pertencimento.

      A Braine nasceu justamente com esse propósito: unir ciência, educação e afeto para repensar como lidamos com a neurodiversidade.

      Criada na maior universidade da América Latina, a USP, carregamos em nosso DNA o compromisso com um futuro mais humano, informado e inclusivo.

      Por isso convidamos você para participar do no nosso Encontro de Informação e Saúde: Neurodiversidade 2025 nos dias 2 a 6 de junho e a conferir nosso último post: Quando o diagnóstico do filho revela o dos pais.

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