ADCH concept with human mind and brain

7 mitos que te contaram sobre a neurodivergência

A neurodivergência é um tema que tem ganhado cada vez mais holofotes, e com isso, a desinformação também tem crescido.

O que muitas vezes é entendido erroneamente, precisa ser desmistificado para que possamos construir uma sociedade que preza pela inclusão de pessoas neurodivergentes.

Neste texto vamos abordar 7 mitos que ainda persistem sobre a neurodiversidade e como eles impactam a maneira como vemos as pessoas neurodivergentes.

Sunflower lanyard, symbol of people with invisible or hidden disabilities.
colar neurodiversidade

1. Neurodivergência é só autismo e TDAH

A neurodiversidade abrange uma ampla gama de condições, incluindo TDAH, dislexia, transtornos de aprendizagem e outras condições neurológicas. O autismo e o TDAH são somente duas das formas de neurodivergência que existem, contudo são as que mais se popularizaram nas redes.

2. Pessoas neurodivergentes são menos inteligentes

Ser uma pessoa neuroatípica não te faz menos inteligente. Pelo contrário, alguns neurodivergentes são considerados superdotados e muitos possuem habilidades extraordinárias como: uma memória excepcional, capacidade de foco em detalhes específicos ou habilidades únicas em atividades técnicas e criativas.

Acreditar que a condição neurológica limita a inteligência de uma pessoa não passa de preconceito.

3. Ser neurodivergente é ser doente

A neurodivergência é uma variação natural do funcionamento do cérebro humano que se difere do que é considerado típicamente esperado ou normal.

Não se trata de uma doença, nem de algo que precisa ser “consertado” é apenas uma maneira diferente de processar e interagir com o mundo.

Encarar a neurodivergência como um erro a ser corrigido desumaniza pessoas que simplesmente vivenciam a realidade de forma distinta das normas neurotípicas.

4. Pessoas neurodivergentes não podem ter uma vida profissional bem-sucedida

Com as adaptações certas no ambiente de trabalho, pessoas neurodivergentes podem ser altamente produtivas e alcançar toda as suas metas profissionais.

A chave está em criar espaços inclusivos que permitam que essas pessoas se destaquem de acordo com suas habilidades únicas. Muitos profissionais neurodivergentes, especialmente no campo da tecnologia, tem apresentado habilidades incríveis na atuação com a inovação devido a sua criatividade.

5. Autismo é sempre acompanhado de deficiência intelectual

O autismo é um espectro, portanto, varia amplamente de pessoa para pessoa. Muitas pessoas no espectro autista tem inteligência dentro da média ou até acima da média, mas podem ter desafios em áreas como comunicação social e comportamentos repetitivos.

A ideia de que todo autista tem deficiência intelectual é uma visão restrita e prejudicial.

6. Pessoas neurodivergentes são incapazes de ter empatia ou de se conectar com os outros

A capacidade de empatia não está ligada à neurodivergência, por isso não podemos generalizar.

Muitas pessoas neurodivergentes tem uma compreensão profunda das emoções e das necessidades dos outros, ao mesmo tempo que enfrentam grandes dificuldades em expressar as suas próprias.

Contudo, algumas pessoas apresentam sim falta de empatia como sinal da neurodivergência, mas isso não faz dela uma pessoa ruim.

Entenda sobre isso lendo nosso post sobre variações de humor em pessoas neurodivergentes.

7. A neurodivergência é algo raro e pouco comum

De acordo com o CDC (Centers for Disease Control and Prevention) dos Estados Unidos, cerca de 1 em cada 36 crianças foi identificada com transtorno do espectro autista (TEA) . Essa estimativa representa um aumento em relação a dados anteriores, refletindo a necessidade de uma maior conscientização e melhorias nos métodos de diagnóstico.​

Segundo a OMS, 15% da população mundial é considerada neurodivergente, ou seja, no Brasil somos mais de 30 milhões.

O conceito de neurodiversidade é muito mais amplo do que ouvimos por aí

Como lidar com os mitos sobre neurodivergência?

Desmistificar esses mitos é importantíssimo para criar um ambiente saudável para todas as pessoas.

A educação é um dos principais caminhos para combater fake news sobre a neurodiversidade, tanto em escolas quanto no local de trabalho e na sociedade como um todo.

Precisamos questionar as convenções e criar espaços onde todas as diferenças possam ser reconhecidas e respeitadas.

Foi com esse compromisso que a Braine nasceu dentro da USP — a maior universidade da América Latina. Nossa base é científica, sólida e comprometida com a transformação real do estudo da saúde mental no Brasil.

A mudança começa com o conhecimento

Se você quer entender mais sobre como a neurodiversidade está mudando o panorama social e profissional, participe do Encontro de Informação e Saúde: Neurodiversidade, que acontece entre os dias 2 e 6 de junho.

Vamos juntos construir um futuro mais inclusivo para todos!

Quer saber mais sobre como tecnologia e saúde podem caminhar juntas?

Acesse: Quando o adolescente descobre que é neurodivergente – Braine Digital

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