group of Native American or American Indian tribe in full headdress on a paint face stand

Neurodivergência em povos indígenas

Diagnóstico, cultura e invisibilidade: onde estão os indígenas neurodivergentes?

A neurodivergência é frequentemente discutida sob uma perspectiva urbana. No entanto, entre os povos indígenas, essas questões são envoltas por uma capa de invisibilidade que nos apresenta os desafios vividos e barreiras culturais enfrentadas até os dias atuais.

Este texto explora como a neurodivergência é percebida e tratada nas comunidades indígenas, destacando as necessidades que ainda existem e como o governo pode e deve ajudar no acolhimento e inclusão dessas pessoas.​

O acesso ao diagnóstico

Estudos indicam que o diagnóstico de condições neurodivergentes em comunidades indígenas é extremamente escasso, uma vez que essa populações tem pouco acesso a médicos profissionalizados na área neural.

Um artigo de 2016 sobre saúde mental em contextos indígenas, conta que estudos que foram feitos nos anos anteriores identificaram sintomas de TDAH em 13 de 53 crianças da etnia Karajá na Ilha do Bananal, sugerindo uma prevalência significativa da condição nessa população.

A escassez de serviços especializados e as barreiras geográficas dificultam o acesso preciso a diagnósticos e tratamentos adequados para muitas comunidades indígenas.

Essa falta de assistência contribui para a invisibilidade dessas pessoas na sociedade, deixando de lado questões de saúde pública, como é o caso dos diagnósticos de neurodivergência.

Caminhos para a inclusão

  • Desenvolver políticas públicas voltadas aos povos indígenas que considerem as especificidades das comunidades indígenas.​
  • Investir em formação de profissionais de saúde, capacitando-os para reconhecer e respeitar as particularidades culturais no diagnóstico e tratamento.​
  • Fomentar pesquisas interdisciplinares e projetos, que envolvam as próprias comunidades indígenas na construção do conhecimento sobre neurodivergência.​

Quer aprender mais sobre o tema?

A neurodivergência entre os povos indígenas é uma realidade que requer mais atenção e respeito.

Somente com uma abordagem interseccional e inclusiva será possível garantir que todas as pessoas neurodivergentes, independentemente de sua origem, tenham acesso aos cuidados e ao respeito que merecem.

No nosso artigo sobre Saúde 5.0, exploramos como inovação junto a empatia pode transformar o cuidado de pessoas neuroatípicas.

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