No mês da conscientização do autismo vemos vários posts com fitas coloridas e frases prontas sobre inclusão.
Contudo, há uma pergunta que poucos se fazem: será que eu realmente entendo o que é autismo?

O que é autismo para além das definições
Quando você pesquisa sobre autismo no Google um dos primeiros resultados que a inteligência artificial gera é:
“O autismo, atualmente chamado de Transtorno do Espectro Autista (TEA), é um distúrbio do neurodesenvolvimento que se caracteriza por dificuldades na comunicação e interação social.”
Porém, o autismo e outras neurodivergências, vão muito além do significado exposto no diagnóstico, ele faz parte do dia a dia da pessoa neurodivergente e está em todas as suas ações.
O autismo que ninguém vê: mulheres, adultos e os casos invisibilizados
Por conta da construção social dos papeis de gêneros impostos desde a infância, as mulheres autistas tendem a desenvolver desde cedo estratégias de camuflagem social, adaptando sua fala, comportamento e expressões para se encaixar em um padrão esperado.
Por isso, os sinais importantes para diagnósticos tardios acaba sendo mascarado e confundido com sintomas de depressão, ansiedade e transtornos de personalidade.
Com os avanços na discussão sobre neurodiversidade os diagnósticos em mulheres tem aumentado e o estudo tem sido aperfeiçoado.
Porém, devido ao preconceito e a falta de preparo de alguns profissionais de saúde, mulheres e adultos no geral ainda sofrem muito para conseguir um diagnóstico correto.
Em adultos, a busca por respostas costuma vir depois de anos de sofrimento emocional, relacionamentos difíceis e a constante sensação de estar fora da curva.
A verdade é que a neurodivergência não tem uma apresentação única — e quando ignoramos essa diversidade, deixamos muitas pessoas sem apoio.
Reconhecer os sinais menos óbvios é o primeiro passo para garantir a dignidade dessas pessoas.
Diagnóstico precoce: o que mudou com a tecnologia
Plataformas como a Braine estão revolucionando a forma como a neurodivergência é identificada, criando um espaço mais acessível e menos traumatizantes para crianças, adolescentes e adultos – Saiba mais sobre o diagnóstico em jovens em: Quando o adolescente descobre que é neurodivergente – Braine Digital
Com apoio de dados, algoritmos éticos e redes interdisciplinares, o diagnóstico precoce deixou de depender só da intuição de um ou dois profissionais. Estamos saindo da lógica da exclusão e caminhando para o acolhimento digital — onde a tecnologia funciona como ponte e não como barreira. E quando a escuta é feita com código e sensibilidade, o resultado é potente.
Conscientizar é incluir: o papel de empresas, escolas e da sociedade
Abril é o mês da conscientização do autismo.
Mas de que adianta vestir azul se a empresa não contrata neurodivergentes?
Se a escola corrige e pune comportamentos que fogem do padrão?
Conscientizar é mais do que informar — é agir.
É garantir acessibilidade em ambientes corporativos, adaptar avaliações escolares, ouvir quem vive a experiência de ser autista.
Não existe inclusão simbólica.
Ou ela é concreta, ou é maquiagem. E o primeiro passo para qualquer transformação real é parar de falar sobre pessoas autistas e começar a construir com elas.
Saiba mais sobre como tornar o ambiente de trabalho mais acessível em: Neurodiversidade e Mercado de Trabalho: Desafios da Inclusão – Braine Digital