Terapia online: Prós, Contras e Segurança de Dados

Entenda os benefícios e desafios da teleterapia para todas as pessoas. Como funciona o sistema de segurança de dados?

A revolução digital no tratamento da saúde mental traz benefícios e dúvidas sobre a segurança de dados. Saiba como proteger informações sensíveis e garantir um atendimento eficaz de forma online.​

Woman having a video call with her doctor
A terapia online é, sem dúvida, uma das revoluções mais importantes na forma como a saúde mental se conecta com quem mais precisa dela.

A ascensão da teleterapia​

A terapia online ou teleterapia, tornou-se a única alternativa viável e eficaz em 2020 para o tratamento de questões de saúde mental durante pandemia de COVID-19.

Contudo, após o período de lockdown, a procura por serviços de saúde mental de forma remota aumentou significativamente, o que tornou essa modalidade muito famosa entre pessoas do mundo todo que viram a facilidade de não precisar se deslocar para receber esse serviço de saúde.

Saiba mais sobre os benefícios da terapia online

  1. Acessibilidade

A teleterapia permite que os pacientes com mobilidade reduzida ou que vivem em áreas remotas e de difícil locomoção tenham acesso a serviços de saúde mental assim como quem vive nos centros urbanos. Isso é particularmente benéfico em países com desigualdades regionais significativas no acesso à saúde.​

2. Flexibilidade

    Com horários mais flexíveis, estando a escolha do paciente, ele mesmo pode selecionar o horário que mais agrada e cabe na rotina para agendar sessões. O que aumenta a quantidade de adesões ao tratamento.​

    3. Redução de Estigmas

      A possibilidade de realizar sessões no conforto de casa pode ajudar na redução do estigma associado à busca por ajuda psicológica.

      3 desafios da terapia online

      1. Barreiras Tecnológicas

      A dependência de tecnologia pode ser um obstáculo, pois muitas vezes as condições de acesso a conexão da internet não são viáveis ou confiáveis conforme o dispositivo utilizado pelo paciente e pelo profissional.

      2. Privacidade do Local

        Muitas vezes o paciente que deseja fazer terapia online compartilha a casa com outras pessoas e tem poucos espaços em que ele pode ficar sozinho. O que pode ser prejudicial para a privacidade que é um dos pialres mais importantes do atendimento psicológico e psiquiatra.

        3. Segurança e Privacidade

          O uso de plataformas digitais para cuidados de saúde levanta preocupações sobre a privacidade e segurança dos dados dos pacientes. Garantir que os serviços de telemedicina estejam em conformidade com regulamentações como a LGPD é essencial para proteger informações sensíveis.​

          Woman Having Video Call
          Garantir que os serviços de telemedicina estejam em conformidade com regulamentações como a LGPD é essencial para proteger informações sensíveis.​

          Segurança de Dados

          • Autenticação e Controle de Acesso: implementar sistemas de autenticação robustos, como verificação em duas etapas, ajuda a prevenir acessos não autorizados. Além disso, políticas de controle de acesso definem quem pode visualizar ou modificar dados específicos.​
          • Criptografia de Dados: a criptografia protege os dados de saúde durante a transmissão e o armazenamento. Protocolos como TLS garantem que apenas o destinatário pretendido possa acessar as informações.​
          • Consentimento Informado: é necessário que o paciente autorize o atendimento por telemedicina e a transmissão de suas imagens e dados. Esse consentimento deve ser documentado adequadamente.​
          • Armazenamento Seguro: os dados devem ser armazenados em servidores seguros, com backups regulares e proteção contra acessos não autorizados. A criptografia em repouso é uma prática recomendada.​
          • Conformidade com a LGPD: a Lei Geral de Proteção de Dados estabelece diretrizes para o tratamento de dados pessoais, incluindo os de saúde. Empresas devem garantir a conformidade para evitar sanções.​

          O que a terapia online nos ensina sobre a democratização do acesso a saúde?

          A terapia online é, sem dúvida, uma das revoluções mais importantes na forma como a saúde mental se conecta com quem mais precisa dela.

          Num mundo onde o acesso à terapia tradicional ainda é um luxo para muitos, levar suporte psicológico até a tela do celular ou do computador é quebrar barreiras — geográficas, financeiras e sociais.

          É a tecnologia atuando ao lado de pessoas que sempre precisaram de acolhimento e nunca foram enxergadas nesse avanço tecnológico que acabou esquecendo a importância da saúde mental nessa corrida pela ascenção tecnológica.

          Esses são os primeiros passos de um avanço tecnológico que visa o ser humano em primeiro lugar.

          E sobre a necessidade de cobrar segurança?

          Mas vamos ser claros: democratizar o acesso é só metade da responsabilidade. A outra metade é proteger, de verdade, quem está confiando em nós. Informação sensível não é um dado qualquer — é a história, a dor, a vulnerabilidade de alguém.

          Se isso vaza ou é tratado com descuido, o impacto vai muito além de multas ou processos. É uma ferida na relação de confiança, e essa, acredite, é muito mais difícil de remendar.

          Implementar práticas robustas de proteção de dados não é só seguir a cartilha da LGPD. É ter consciência de que cuidar da segurança digital é cuidar da saúde emocional do paciente também. Não dá pra aceitar “meia proteção”, nem soluções “mais ou menos seguras”. Ou você leva a segurança a sério, ou está jogando contra o próprio propósito de estar no mercado de saúde mental.

          Na Braine, a gente acredita que inovação de verdade respeita o humano em cada passo — inclusive no digital. Cuidar do que o paciente compartilha conosco não é um favor; é o mínimo. E fazer o mínimo nunca foi o que nos moveu.

          O papel da inteligência artificial na democratização do acesso

          A inteligência artificial tem o poder de mudar radicalmente o futuro do diagnóstico e do acompanhamento de pessoas com variações neurológicas.

          E não estamos falando de substituir psicólogos ou médicos — isso seria ingenuidade e desrespeito. O que a IA faz, quando usada do jeito certo, é potencializar a capacidade de análise dos profissionais, permitindo que eles vejam padrões, conexões e nuances que no volume e complexidade dos dados poderiam passar despercebidos.

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          Na Braine, a gente acredita que inovação de verdade respeita o humano em cada passo

          O que a Braine tem feito para ajudar no acesso a saúde?

          É exatamente nessa linha que a Braine vem trabalhando com projetos como o Aura-T e a Bruna.

          1. O Aura-T é uma ferramenta criada para apoiar o processo de pré-diagnóstico do autismo. A ideia é simples e brilhante: quando há suspeita de autismo, o paciente precisa passar por uma série de testes padronizados e entrevistas clínicas. O que o Aura-T faz é pegar todos esses dados e usar inteligência artificial para organizar, interpretar e transformar esse mar de informações em um relatório estruturado e analítico. Ou seja, não é a IA dando um “veredito” — é a IA dando subsídios inteligentes para que o psicólogo tome decisões ainda mais embasadas.
          • A Bruna é voltada para outro desafio igualmente crítico: o gerenciamento e a prevenção de crises no dia a dia de pessoas neurodivergentes. Aqui, a inteligência artificial atua de forma contínua, ajudando a pessoa ou seus familiares e cuidadores a identificar sinais de risco antes que uma crise se instale, oferecendo orientações práticas e intervenções baseadas no perfil único de cada usuário.

          No fim das contas, o que a Braine entrega com essas ferramentas não é tecnologia pela tecnologia — é um novo jeito de cuidar da saúde mental que respeita a singularidade de cada cérebro, amplia a autonomia de quem é neurodivergente e fortalece o trabalho de quem luta diariamente para cuidar melhor de vidas tão únicas quanto potentes.

          Quer saber mais sobre as atividades reais da Braine?

          Na Braine, não falamos de inclusão como tendência: ela é a base do que construímos todos os dias. Nossos projetos combinam ciência, tecnologia e empatia para criar soluções reais para pessoas neurodivergentes e para os ambientes onde elas vivem, aprendem e trabalham.

          Por isso convidamos você para participar do no nosso Encontro de Informação e Saúde: Neurodiversidade 2025 nos dias 2 a 6 de junho

          Acesse o site da Braine, conheça nossos projetos e descubra como nossos produtos estão sendo desenvolvidos com o objetivo de auxiliar no diagnóstico e tratamento de pessoas neurodivergentes por todo o mundo.

          Se você curtiu este conteúdo, talvez também goste de:

          5 livros infantis que falam sobre neurodiversidade e respeito

          Não existe magia maior na vida de uma criança do que quando ela finalmente se vê representada no mundo.

          Crianças neurodivergentes costumam crescer se sentindo diferentes por acreditarem que ninguém as entende ou que não são capazes de se encaixar no mundo.

          A literatura infantil tem o poder de transformar essa percepção a medida que protagonistas neurodivergentes são criados, histórias que retratam as diferenças são escritas e a leitura é incentivada dentro da escola e de casa.

          5 livros que ensinam sobre respeito e diversidade para crianças:

          1. Meu Amigo Faz iiiii – Andréa Werner

          Este livro é uma ótima ferramenta para introduzir o tema do autismo à crianças, a narrativa conta a história de Nil e Bia, uma amizade que cresce graças ao cuidado e empatia que Bia tem pelas diferenças do amiguinho autista Nil. O tema do autismo é abordado de forma sensível e natural, zelando pelo respeito e amizade entre crianças.

          2. Tudo bem ser diferente – Todd Parr

          Este livro apresenta as diferenças individuais de forma visual e bem didática, promovendo a aceitação e o respeito desde a infância, abordando temas como adoção, separação dos pais, deficiências físicas e preconceito racial com uma leveza sem precedentes.

          3. Dá Licença, Sou Autista – Vanda Pinheiro

          A obra aborda com sensibilidade os desafios enfrentados por alunos autistas no ambiente escolar. Por meio de elementos visuais e muita sensibilidade, o livro mostra como estratégias pedagógicas simples e adaptações do espaço podem transformar a experiência de aprendizagem e promover a inclusão desses alunos.

          4. O fone que não toca música – Selma, do Mundo Autista

          A narrativa tem como foco principal o autismo, o bullying e a inclusão através da história de Eric, um menino autista que sofre bullying na escola. A narrativa destaca a importância do respeito às diferenças e da empatia entre as crianças.​

          5. Do jeito que você é – Walter Sagardoy

          Representando as diferenças e celebrando a diversidade, esta obra mostra que cada pessoa tem seu próprio jeito de ser. Com ilustrações delicadas, o livro incentiva as crianças a se aceitarem como são e a valorizarem as diferenças dos outros.​

          O papel da literatura na infância

          Livros infantis tem o poder de transportar crianças a mundos imaginários onde tudo é possível, inclusive aprender sobre respeito, amizade, coragem e etc.

          Ao ser incentivada a ler histórias sobre diferentes assuntos a criança desenvolve inúmeras habilidades emocionais que a acompanharão por toda a vida.

          Fazer uma criança neurodivergente se sentir vista e ouvida é um dos papéis da literatura infantil. Aprender sobre as diferenças de cada um e enxergar-se em um personagem a ajuda a validar seus sentimentos e se reconhecer como um ser pertencente a esse mundo.

          Ao mesmo tempo, ela aprende a respeitar os amigos e que ser diferente é, na verdade, a coisa mais normal do mundo. Afinal todos nós somos diferentes uns dos outros.

          Schoolgirl looking for book for reading in school library. Student choosing literature for reading
          livros infantis neurodiversidade

          A transformação está no dia a dia

          Quando uma criança encontra uma personagem igual a ela dentro de uma história infatil, algo dentro dela se alinha e isso transforma tudo: sua autoestima, suas amizades, seu desenvolvimento e sua ideia de pertencimento.

          Que tal começar a introduzir essas leituras no dia a dia das suas crianças?

          Quer aprender mais sobre neurodiversidade na infância e adolescência? Leia mais em: Quando o adolescente descobre que é neurodivergente – Braine Digital

          Participe do nosso Encontro de Informação e Saúde: Neurodiversidade que acontecerá nos dias 2 a 6 de junho.

          Mês do Autismo: Inteligência Artificial e Inclusão

          No mês da conscientização do autismo vemos vários posts com fitas coloridas e frases prontas sobre inclusão.

          Contudo, há uma pergunta que poucos se fazem: será que eu realmente entendo o que é autismo?

          Criança

          O que é autismo para além das definições

          Quando você pesquisa sobre autismo no Google um dos primeiros resultados que a inteligência artificial gera é:

          “O autismo, atualmente chamado de Transtorno do Espectro Autista (TEA), é um distúrbio do neurodesenvolvimento que se caracteriza por dificuldades na comunicação e interação social.”

          Porém, o autismo e outras neurodivergências, vão muito além do significado exposto no diagnóstico, ele faz parte do dia a dia da pessoa neurodivergente e está em todas as suas ações.

          O autismo que ninguém vê: mulheres, adultos e os casos invisibilizados

          Por conta da construção social dos papeis de gêneros impostos desde a infância, as mulheres autistas tendem a desenvolver desde cedo estratégias de camuflagem social, adaptando sua fala, comportamento e expressões para se encaixar em um padrão esperado.

          Por isso, os sinais importantes para diagnósticos tardios acaba sendo mascarado e confundido com sintomas de depressão, ansiedade e transtornos de personalidade.

          Leia mais sobre o aumento dos diagnósticos de autismo em mulheres, apesar dos desafios, no site do Dráuzio Varella.

          Com os avanços na discussão sobre neurodiversidade os diagnósticos em mulheres tem aumentado e o estudo tem sido aperfeiçoado.

          Porém, devido ao preconceito e a falta de preparo de alguns profissionais de saúde, mulheres e adultos no geral ainda sofrem muito para conseguir um diagnóstico correto.

          Em adultos, a busca por respostas costuma vir depois de anos de sofrimento emocional, relacionamentos difíceis e a constante sensação de estar fora da curva.

          A verdade é que a neurodivergência não tem uma apresentação única — e quando ignoramos essa diversidade, deixamos muitas pessoas sem apoio.

          Reconhecer os sinais menos óbvios é o primeiro passo para garantir a dignidade dessas pessoas.

          Depressed women in bed. Top view of young sad women lying on the bed and hiding her face in hands
          mulher

          Diagnóstico precoce: o que mudou com a tecnologia

          Plataformas como a Braine estão revolucionando a forma como a neurodivergência é identificada, criando um espaço mais acessível e menos traumatizantes para crianças, adolescentes e adultos – Saiba mais sobre o diagnóstico em jovens em: Quando o adolescente descobre que é neurodivergente – Braine Digital

          Com apoio de dados, algoritmos éticos e redes interdisciplinares, o diagnóstico precoce deixou de depender só da intuição de um ou dois profissionais. Estamos saindo da lógica da exclusão e caminhando para o acolhimento digital — onde a tecnologia funciona como ponte e não como barreira. E quando a escuta é feita com código e sensibilidade, o resultado é potente.

          Conscientizar é incluir: o papel de empresas, escolas e da sociedade

          Abril é o mês da conscientização do autismo.

          Mas de que adianta vestir azul se a empresa não contrata neurodivergentes?

          Se a escola corrige e pune comportamentos que fogem do padrão?

          Conscientizar é mais do que informaré agir.

          É garantir acessibilidade em ambientes corporativos, adaptar avaliações escolares, ouvir quem vive a experiência de ser autista.

          Não existe inclusão simbólica.

          Ou ela é concreta, ou é maquiagem. E o primeiro passo para qualquer transformação real é parar de falar sobre pessoas autistas e começar a construir com elas.

          Saiba mais sobre como tornar o ambiente de trabalho mais acessível em: Neurodiversidade e Mercado de Trabalho: Desafios da Inclusão – Braine Digital

          Saúde 5.0: A Revolução Humana e Tecnológica no Cuidado

          Vivemos tempos intensos: o avanço tecnológico deixou de ser mera ferramenta auxiliar e tornou-se um eixo fundamental em quase todas as esferas da vida.

          Na saúde, entretanto, ainda vivemos grandes desafios: dados fragmentados, cuidado impessoal, sistemas frios e algoritmos desconectados das reais necessidades humanas. Diante disso, surge um novo paradigma: a Saúde 5.0, uma visão que vai muito além da digitalização e coloca o ser humano no centro das soluções.

          Mas afinal, o que significa Saúde 5.0 e por que essa abordagem é tão revolucionária?

          Entendendo o que é Saúde 5.0

          Saúde 5.0 não é apenas um termo bonito ou mais um modismo tecnológico. É a convergência da tecnologia avançada com um olhar profundamente humano, ético e inclusivo para o cuidado com as pessoas. Ao contrário das versões anteriores, onde a tecnologia podia ser distante ou até mesmo invasiva, a Saúde 5.0 busca integrar harmoniosamente inteligência artificial, big data, machine learning, IoT e robótica em um sistema acolhedor e centrado na pessoa.

          O que muda da Saúde 4.0 para a 5.0?

          Na Saúde 4.0, o grande foco estava na digitalização, automação e eficiência operacional. Porém, muitas dessas soluções, apesar de tecnicamente impressionantes, esqueceram do principal: o fator humano. Médicos, enfermeiros e pacientes começaram a sentir uma frieza crescente nas relações, uma distância emocional e um aumento exponencial de estresse tecnológico.

          A Saúde 5.0 nasce exatamente dessa percepção crítica, ela traz a humanização para dentro das tecnologias, não se trata de reduzir o uso de tecnologia, mas sim de usá-la com um propósito claro e empático.

          Princípios fundamentais da Saúde 5.0

          A Saúde 5.0 é sustentada por cinco grandes pilares:

          1. A humanização radical

          A tecnologia com sistemas que “ouvem”, compreendem contextos e entregam respostas sensíveis, garantindo seu uso como ponte para fortalecer vínculos, acolher e empoderar pacientes e profissionais.

          2. Tecnologia ética e transparente

          Dados são protegidos, algoritmos são auditáveis e compreensíveis, o que garante privacidade e respeito.

          3. Interoperabilidade total

          Informações fluem livremente, permitindo uma visão completa e integrada da saúde física, mental e social dos indivíduos.

          4. Medicina preditiva e personalizada

          Dados personalizados ajudam na prevenção e antecipação de problemas, criando planos individualizados e proativos.

          5. Sustentabilidade e inclusão

          Cuidados de saúde são desenhados para serem acessíveis, justos e ecologicamente responsáveis.

          Como a Inteligência Artificial Potencializa a Saúde 5.0

          A inteligência artificial é uma grande aliada nesse cenário, desde que usada com responsabilidade e clareza. IA pode analisar milhões de dados rapidamente, encontrar padrões que seriam invisíveis para humanos e apoiar decisões médicas complexas. Entretanto, na Saúde 5.0 a IA não substitui o profissional da saúde: ela o potencializa.

          A IA pode ser usada em:

          • Diagnóstico rápido e preciso de doenças.
          • Personalização de tratamentos.
          • Gestão inteligente e eficiente de recursos hospitalares.
          • Triagem automatizada e humanizada via chatbots ou assistentes digitais.

          Por que a Saúde 5.0 é essencial para a neurodiversidade?

          Quando falamos sobre neurodiversidade, as abordagens tradicionais frequentemente falham. Os sistemas médicos atuais foram projetados, muitas vezes, sem considerar as particularidades cognitivas e emocionais de pessoas neurodivergentes. Isso gera exclusão, diagnósticos errados e tratamentos inadequados.

          Na Saúde 5.0, a neurodiversidade é celebrada e compreendida. Algoritmos são treinados para reconhecer, respeitar e responder adequadamente às necessidades individuais. Não é apenas acolhimento; é uma transformação profunda na forma como percebemos e cuidamos da diversidade cognitiva e emocional.

          A visão da Braine e sua relação com a Saúde 5.0

          Na Braine, percebemos desde o início que cuidar não é somente uma questão tecnológica ou médica; é uma questão humana e social. Por isso, desenvolvemos soluções que refletem os princípios da Saúde 5.0.

          Nossa plataforma utiliza inteligência artificial para promover cuidado integral, acolhendo pacientes neurodivergentes de maneira personalizada, empática e responsiva. Desenvolvemos agentes digitais como a Bruna, uma assistente que oferece apoio emocional e informativo, sempre com uma interação humanizada, acolhedora e baseada em evidências científicas.

          Tecnologias-Chave na Saúde 5.0

          1. Wearables e IoT: dispositivos que acompanham em tempo real sinais vitais, humor, sono, atividade e comportamento, proporcionando uma visão completa e integrada da saúde.
          2. IA e Machine Learning: algoritmos para diagnóstico, tratamento personalizado, predição de crises e apoio à decisão médica.
          3. Robótica Assistiva: robôs que auxiliam em cirurgias, tratamentos e cuidados domiciliares com precisão e delicadeza.
          4. Blockchain e privacidade: tecnologias que garantem segurança, privacidade e controle absoluto dos pacientes sobre suas informações.

          Saúde 5.0 em ação

          • Hospitais inteligentes: Unidades de saúde onde tudo, da triagem à alta médica, é potencializado por tecnologia humanizada.
          • Telemedicina Empática: Consultas online com assistentes virtuais que identificam emoções, oferecem acolhimento e apoio psicológico.
          • Personalização radical em saúde mental: Uso de dados individuais para oferecer suporte psicológico personalizado e proativo.

          Como se preparar para essa revolução?

          • Investir em capacitação tecnológica e ética.
          • Garantir infraestrutura tecnológica inclusiva e acessível.
          • Incentivar o desenvolvimento de soluções centradas no ser humano.
          • Cultivar uma mentalidade aberta para aprender e crescer continuamente.

          O futuro já começou

          Saúde 5.0 não é uma promessa futura. É uma realidade que precisamos abraçar agora. Ela representa a melhor combinação entre tecnologia e humanidade.

          Na Braine, acreditamos que a tecnologia só faz sentido se ela servir à humanidade. Não estamos aqui apenas para mudar processos, mas para transformar vidas. Não é só sobre inovação; é sobre responsabilidade, empatia e visão clara do futuro.

          Se você acredita que o futuro da saúde precisa ser mais humano, inclusivo e inteligente, chegou a hora de agir. Participe do evento da Braine sobre neurodiversidade e inovação — um dos maiores encontros do Brasil dedicados à transformação do saúde por meio da tecnologia. É a oportunidade perfeita para descobrir como aplicar os princípios da Saúde 5.0 na prática, trocar experiências com quem está trabalhando dentro desse novo modelo e fazer parte da mudança.

          Neurociência e neurodivergência em foco

          Entender o cérebro é entender o comportamento

          A ciência que abre crânios para salvar vidas é a mesma que hoje abre caminhos para melhorar o dia a dia de pessoas neurodivergentes. Nesse novo capítulo da neurociência, o protagonismo não é só do bisturi — é também dos dados, da inteligência artificial e da coragem de desafiar tudo o que já foi definitivo sobre o que é ou não “normal” na sociedade.

          O papel da neurociência no diagnóstico e na quebra de estigmas

          Durante muito tempo as crianças neurodivergentes que não se encaixavam dentro da caixinha do padrão escolar eram lidas como “distraídas demais” e rebeldes, esses jovens se tornaram adultos que viveram décadas achando que havia algo de errado com eles. Essa realidade começou a se tornar um pouco diferente quando os olhares se voltaram para neurociência e os profissionais decidiram investigar mais a fundo o que estava por trás desses comportamentos.

          Hoje sabemos que o que antes era visto como preguiça pode ser sobrecarga sensorial, que o silêncio pode ser uma forma de processamento, que a agitação pode ser uma tentativa de autorregulação. Com a pesquisa, os diagnósticos se tornaram mais precisos, as ferramentas mais acessíveis, e isso se deve, em grande parte, à revolução da tecnologia.

          Inteligência artificial: aliada na identificação da neurodivergência

          A inteligência artificial não está apenas transformando a forma como nos comunicamos e consumimos conteúdo, ela também está revolucionando a medicina — e a neurociência é uma das áreas mais impactadas por essa inovação.

          Soluções desenvolvidas por marcas como a Braine mostram como algoritmos treinados para reconhecer padrões neurológicos podem ajudar no diagnóstico precoce de condições como o autismo, TDAH ou dislexia. O que antes levava anos para ser detectado, agora pode ser identificado com mais agilidade, junto do apoio tecnológico, escuta atenta e conhecimento clínico. A IA não vem substituir o olhar humano, mas potencializá-lo — oferecendo precisão, agilidade e suporte aos profissionais da saúde.

          O novo papel dos neurocirurgiões na era da neurodiversidade

          Com a ampliação do conhecimento sobre a neurodivergência, o papel do neurocirurgião também se expandiu. Já não se trata apenas de operar cérebros, mas de compreendê-los em toda a sua diversidade. Muitos desses profissionais têm sido peças-chave na construção de diagnósticos integrados, colaborando com psiquiatras, psicólogos, neurologistas e cientistas da computação.

          Neste Dia do Neurocirurgião, entedemos que o reconhecimento vai além da técnica. É hora de valorizar esses profissionais também como aliados na desmistificação da neurodivergência, uma vez que, eles estão ajudando a provar que a neurodivergência não se trata de um erro a ser consertado, mas de uma forma legítima — e potente — de existir.


          Como agir a partir disso?

          Se entender mais sobre o funcionamento do cérebro é o caminho para uma sociedade mais empática e justa, então buscar conhecimento nunca foi tão necessário.

          Se você quer compreender mais sobre como a inteligência artificial está contribuindo com o avanço da neurociência e o diagnóstico de pessoas neurodivergentes, participe do Encontro de Informação e Saúde: Neurodiversidade, que acontece entre os dias 2 e 6 de junho.

          Lá você vai descobrir como a tecnologia pode ser uma ponte — não para “consertar” ninguém, mas para iluminar caminhos que antes pareciam invisíveis. Porque o futuro é de quem pensa diferente — e já começou.

          Quando o adolescente descobre que é neurodivergente

          Entender-se como neurodivergente durante a infância e a juventude é um ponto de virada na vida de qualquer um, principalmente em um mundo que está em rápida transformação e a tecnologia tem tomado conta de nossos dias.

          Ser jovem já é não é fácil. Um amontoado de hormônios agindo descontroladamente dentro do seu corpo, amizades e relacionamentos amorosos começando e acabando, a descoberta do certo e do errado, e a buscar por um lugar no mundo já tornam essa experiência estressante o suficiente. Agora imagine atravessar a adolescência sem conseguir explicar o por que de tudo parecer mais intenso, confuso, barulhento ou rápido demais para você.

          Para muitas crianças e adolescentes, ser neurodivergente é uma realidade vivida em silêncio, marcada pela exclusão e por rótulos de “preguiçoso” e “difícil”. Receber o diagnóstico de neurodivergente significa descobrir o próprio funcionamento neurológico em meio a esse turbilhão de sentimentos e pensamentos, isto é, pela primeira vez algo faz sentido!

          “A neurodiversidade não é um erro a ser corrigido, mas uma linguagem oculta a ser decifrada.”

          O impacto do diagnóstico: nomear o que sempre foi sentido

          Receber um diagnóstico na infância ou adolescência não se trata de receber um rótulo ou uma sentença, na verdade é quando pela primeira vez algo que sempre pareceu estranho ou errado agora tem forma, nome e explicação.

          É claro que se torna necessário o inicio de acompanhamento psicológico e – quando necessário – a introdução de medicamentos. Mas o diagnóstico na vida de uma pessoa neurodivergente muda todo o rumo do que até então ela acreditava ser um problema que estava nela, e ela descobre que o problema está na tentativa de se enquadrar em um modelo de mundo ultrapassado.

          Nomear é libertar. E a partir disso, começa o movimento mais importante que vem após o diagnóstico: o de se reinventar e se reconhecer.

          A influência da tecnologia e das IA’s

          Hoje em dia crianças e adolescentes crescem cercados por telas e todo tipo de conteúdo. Eles dividem suas vidas entre o mundo físico e o digital, onde ambos trabalham moldando sua identidade, sua linguagem, sua forma de ver o mundo e suas emoções. Para o bem e para o mal, a tecnologia não é mais um acessório: é parte do ambiente emocional, social e cognitivo dessa geração.

          E enquanto muitos adultos ainda tentam entender o impacto disso tudo, os jovens já estão imersos nesse mundo — aprendendo, tropeçando, criando e se conectando. A tecnologia pode intensificar a solidão desses jovens ao mesmo tempo que pode ser o meio de campo para conectar com outros adolescentes com os mesmos gostos. A internet pode sobrecarregar, mas também ajudar a organizar. Pode esconder um diagnóstico, mas também ajudar a revelá-lo, como a Braine tem feito no último ano com seu projeto Aura T.

          Aura T

          O Aura T é uma ferramenta de inteligência artificial desenvolvida pela Braine para apoiar o pré-diagnóstico de autismo, especialmente em jovens. Seu papel não é substituir os profissionais de saúde, e sim auxiliar como uma ferramenta para o diagnóstico, organizando e interpretando as informações que já fazem parte do processo clínico — como os testes padronizados e entrevistas — e gerando um relatório completo com base nesses dados.

          E como toda IA bem treinada, quanto mais gente usa, mais inteligente ela fica. Cada novo dado inserido ajuda a afinar a acurácia do sistema que se atualiza constantemente. Isso significa menos ruído no diagnóstico, mais agilidade no processo e um cuidado que chega antes da crise.

          Como equilibrar tecnologia, redes sociais e neurodivergência

          1. Use IA a favor do cuidado, não do controle

          Ferramentas baseadas em inteligência artificial, como as desenvolvidas pela Braine, são capazes de identificar padrões cognitivos e emocionais, ajudando no diagnóstico precoce e no acompanhamento contínuo. A IA não substitui vínculos, mas amplia o olhar e antecipa necessidades.

          2. Incentive o uso de apps que promovem o autoconhecimento

          Existem tecnologias que ajudam o jovem neurodivergente a mapear seus próprios gatilhos, organizar pensamentos e desenvolver autonomia.

          4. Estimule a pausar

          Softwares com timers de foco, pausas programadas e avisos de sobrecarga ajudam o jovem a se organizar sem depender apenas da força de vontade. O cérebro agradece.

          5. Faça da IA uma mediadora de diálogo

          A inteligência artificial pode abrir espaço para conversas difíceis entre jovens, pais e educadores. Ao trabalhar em conjunto com essas pessoas, ela apresenta dados no lugar de achismos e ajuda na organização da vida desses jovens.

          Como professores e pais podem apoiar e não sufocar

          • Pare de tentar “consertar” o neurodivergente:Neurodivergência não é um erro, então não precisa ser corrigido. O apoio começa quando paramos de tentar mudar essa pessoa e passamos a tentar entende-la.
          • Aprenda a escutar: Todo comportamento inadequado é uma mensagem que o jovem ainda não conseguiu expressar. Busque ouvir e entender além do que é dito.
          • Crie rotinas adaptáveis: Crianças neurodivergentes se beneficiam de previsibilidade, mas isso não significa rigidez. Estrutura deve acolher, não engessar.
          • Ofereça apoio: Você não precisa caminhar os passos desse jovem, apenas ofereça as ferramentas para que ele aprenda a traçar os próprios passos.
          • Evite comparações: Frases como “na sua idade eu já…”, “Seu irmão não faz isso” apenas desmotivam e enraivecem o adolescente. Cada desenvolvimento tem seu próprio ritmo, e isso é a diversidade e singularidade de cada um.
          • Crie laços entre instituição e família: O que se observa em casa importa na sala de aula, e vice-versa. Pais e professores devem trabalhar em conjunto para criar um ambiente agradável para os jovens.
          • Busque conhecimento antes de exigir comportamento:Entender o que é TDAH, autismo ou dislexia é o primeiro passo para ensinar e cuidar de forma consciente. Informação é poder — e cuidado também.

          Diagnóstico não é fim é (re)começo

          O diagnóstico pode parecer o fim para quem ainda não tem conhecimento sobre a neurodivergência, as na verdade, ele é só o começo de uma nova vida com mais clareza, consciência e autonomia. Saber quem se é, é o início da liberdade do indivíduo.

          Não existe cura para o que não é doença, neurodivergência não é algo a ser consertado — é algo a ser compreendido e transformado na sociedade para tornar o mundo escolar, do mercado financeiro das universidades e das relações sociais, um lugar mais inclusivo para todos.

          A inteligência artificial quando desenvolvida com propósito pode ser uma aliada poderosa no processo de diagnóstico em jovens. É isso que a Braine tem feito: transformar dados, padrões e comportamentos em caminhos mais claros para quem vive os desafios da neurodivergência.

          Se você quer entender como a tecnologia está sendo usada para transformar realidades, participe do Encontro de Informação e Saúde: Neurodiversidade, que acontecerá de 2 a 6 de junho. Vamos discutir o impacto das inteligências artificiais no diagnóstico e no cuidado de pessoas neurodivergentes.

          O futuro está sendo escrito por quem decidiu não esperar.

          O que o Dia do Humor nos ensina sobre a saúde mental neurodivergente

          Você já se perguntou o por que de tantas pessoas neurodivergentes experimentarem mudanças de humor e variações emocionais tão recorrentemente? A resposta dessa pergunta é mais complexa do que você imagina e pode transformar a forma como você enxerga a neurodivergência.

          Nesse dia Dia do Humor, celebramos o riso e a arte dos humoristas que buscam sempre cativar o público com piadas muito bem pensadas e preparadas antes do show. Mas imagine o seguinte cenário: você está em um show de standup de um humorista muito famoso, a piada é feita, e logo em seguida o riso vem, do nada, lágrimas invadem seus rosto e um silêncio profundo toma conta. Como explicar que um momento de extrema alegria se tornou motivo de lágrimas? Para alguma pessoas neurodivergentes, o humor vai além da piada — ele é uma resposta sensorial a uma série de influências externas e uma forma de adaptação ao mundo.

          Vamos entender o que está por trás da neurodiversidade emocional?

          Humor e Neurodivergência: o que isso tem a ver?

          Oscilar entre risadas altas, picos de energia, introspecção e silêncio, são variações de humor comuns entre pessoas neurodivergentes. O diagnóstico de TDAH, autismo, dislexia entre outros, influenciam na regulação hormonal e emocional, principalmente na forma como o mundo é sentido por essas pessoas.

          Mais do que “controlar” essas formas de se expressar, é necessário construir espaços onde elas não precisem reprimir esses sentimentos. Para pessoas neurodivergentes, o humor trabalha como um termômetro do ambiente, um código de leitura do que está (ou não) funcionando ao redor.

          O que causa as variações de humor em neurodivergentes?

          As variações de humor geralmente são respostas a estímulos hormonais e ambientais, que muitas vezes passam despercebido pelo olhar neurotípico. Os gatilhos mais comuns são:

          • Sobrecarga sensorial e social
          • Comunicação ambígua
          • A quebra de rotina
          • Muitos estímulos de uma só vez
          • Ambientes considerados emocionalmente inseguros

          O cérebro neurodivergente processa as emoções e os estímulos externos de diferentes maneiras — o que significa que o impacto de um acontecimento simples e cotidiano é muito mais incômodo. O que para uns é apenas barulho, para outros é um alerta de perigo.

          Como ajudar durante uma crise:

          As oscilações de humor são a expressão de um sistema nervoso que está atento e na procura de encontrar equilíbrio em lugares que, muitas vezes, não estão preparados para acolher a diversidade neurológica. Por isso, muitas vezes, essas pessoas passam por crises intensas em locais públicos e se veem sem saída, buscando ajuda de quem está por perto. As ações que podem ser tomadas durante uma crise são:

          1. Reduza estímulos: ambientes silenciosos com luz baixa auxiliam na estabilização emocional de uma pessoa em crise.
          2. Pergunte se a ajuda é bem vinda: “Eu posso ficar aqui com você?”, “Posso te ajudar?” e “Você prefere ficar sozinho agora?” são as melhores perguntas que podem ser feitas nesses momentos.
          3. Valide as emoções: Validar as emoções da pessoa em crise pode ajudá-la a se sentir compreendida e aos poucos ir estabilizando suas emoções.
          4. Trabalhe com a distração: Auxiliar no redirecionamento da atenção para atividades ou coisas que sejam do interesse da pessoa em crise é uma das melhores alternativas para aliviar o estresse.
          5. Não leve para o lado pessoal: É importante lembrar que durante um momento de crise, a pessoa não consegue gerenciar o que está sentido e como se expressar. Por isso, suas reações — muitas vezes intensas ou descontroladas — tendem a ser direcionadas justamente a quem está mais próximo, não por escolha, mas por proximidade.
          6. Priorize a segurança: A autolesão e o comportamento agressivo são comuns durante as crises. Por isso, torna-se necessário segurar suas mãos para que ela não machuque a si mesma ou outras pessoas.

          Quando o ambiente adoece mais que o diagnóstico

          Não é incomum que uma pessoa neurodivergente se questione: “Será que sou eu o problema?” E a resposta é não.

          Lugares que concentram uma grande carga de pressão sobre as pessoas e que punem qualquer variação de humor que não siga a ‘norma’ do ambiente, são lugares de risco para a saúde mental de pessoas neurotípicas e atípicas. Em vez de trabalhar na formação de um ambiente que proporciona bem estar àqueles que ali estão, esses espaços reforçam a ideia de que só há uma forma “correta” de se sentir — e por tabela, de existir.

          Pessoas neurodivergentes não vivem em desequilíbrio interno; elas apenas tem reações em ambientes considerados desregulados, barulhentos, acelerados e que pressionam. Quando as estruturas não se adaptam, o corpo grita e o humor oscila. Não como descontrole, mas como um alarme que avisa que algo está errado do lado de fora.

          Incentivar a adaptação de locais públicos e ambientes profissionais para que se tornem locais mais inclcusivos é tão urgente quanto oferecer cuidado individual. Leia mais sobre isso no blog da Braine com o texto sobre Neurodivergência e Mercado de trabalho.

          As variações de humor como aparato para pessoas neurodivergentes

          Enquanto muitos ainda veem a variação de humor em pessoas neurodivergentes como uma “reação exagerada” ou “coisa de gente mimada” as pessoas neurodivergentes tentam lutar por mais lugares que as acolham e entedam que as variações de humor simplesmente representam o corpo tentando traduzir aquilo que a linguagem não dá conta de expressar.

          Em contextos onde a leitura de normas sociais é um desafio constante, o humor também é uma forma de interpretar o que está acontecendo ao redor. Uma súbita irritação, por exemplo, pode apontar que há algo dissonante nas relações — mesmo que ninguém tenha verbalizado.

          Como mudar sua atitude:

          Neste Dia do Humor, a proposta é outra: rir sim, mas também pensar. O humor não precisa esconder a dor — ele pode revelar caminhos de cuidado e ajuda.

          Se você quer entender mais sobre como criar ambientes emocionalmente seguros, desmistificar a neurodivergência e repensar as relações humanas com pessoas neurodivergentes, participe do evento organizado pela Braine nos dias 2 a 6 de junho – Encontro de Informação e Saúde: Neurodiversidade

          Neurodiversidade e Mercado de Trabalho: Desafios da Inclusão

          A invisibilização de pessoas neurodivergentes no mundo dos negócios

          Apesar da neurodiversidade ser um tema em alta nos noticiários nos últimos anos, pessoas neurodivergentes ainda enfrentam dificuldades quando o assunto é inclusão no mercado de trabalho.

          Ainda não sabe o que é neurodiversidade? Confira mais em: Inteligência Artificial e Neurodiversidade: por um diagnóstico mais acessível e entenda como a inclusão de pessoas neurodivergentes no mercado de trabalho é importantíssimo para o crescimento econômico.

          Inclusão neurodivergente no mercado de trabalho: por que ainda é tão difícil?

          Você já se perguntou por que tantas pessoas neurodivergentes com formação ainda estão sem emprego? O que está por trás das estatísticas que mostram uma realidade tão desigual para os neuroatípicos?

          De acordo com os dados da PNAD de julho de 2023, 18,9 milhões de pessoas no Brasil possuem algum tipo de deficiência. Dentre elas, apenas 29,2% estão inseridas no mercado de trabalho — um número muito abaixo da média geral da população, que é de 66,4%.

          Esse estudo nos apresenta um problema estrutural: a falta de políticas de inclusão efetivas e o despreparo das empresas para acolher diferentes perfis neurológicos. Ainda hoje, a inclusão da neurodiversidade exige mais do que discursos bonitos na internet — exige mudança de mentalidade, investimento em acessibilidade e compromisso com a diversidade.

          A urgência de uma nova mentalidade empresarial

          Mesmo com a criação de leis de incentivo à inclusão e campanhas contra o capacitismo, o ambiente corporativo ainda exclui pessoas neurodivergentes mesmo sem perceber, e os motivos são variados:

          • Processos seletivos padronizados e pouco acessíveis
          • Lideranças sem preparo para lidar com a diversidade
          • Falta de interesse na adaptação de fluxos de trabalho e nas rotinas internas.

          Inclusão além do marketing

          Em contrapartida ao número de desempregados, nos últimos anos muitas marcas abraçaram a causa da neurodiversidade como estratégia de marketing, afim de atribuir a si a imagem de uma empresa que acolhe todas as diferenças.

          Porém, nós que lutamos pelo pertencimento da neurodiversidade como um pilar das organizações, entendemos que acima da imagem da marca, a inclusão de pessoas neurodivergente transpassa o discurso e deve criar raízes entre os valores da organização e o seu dia a dia. Mais do que cumprir uma cota, incluir é transformar a cultura da empresa de dentro para fora. Não basta parecer inclusivo, é preciso ser.

          Incluir não é tolerar: é reconhecer que há sabedorias que só a diferença pode nos ensinar.

          Como construir espaços inclusivos dentro do ambiente empresarial:

          Na Braine acreditamos que a inovação só acontece quando há espaço para todas as mentes contribuírem. A neurodivergência não é um obstáculo a ser contornado — é uma potência que precisa ser integrada. Para isso, entedemos que existe alguns pontos principais que uma empresa deve seguir para se tornar um ambiente que acredita na inclusão e trabalha na adaptação do espaço para receber profissionais neurodivergentes:

          1. Ouça quem vive a exclusão na pele
          2. Adapte o ambiente físico e digital
          3. Reveja critérios de seleção
          4. Tenha foco na entrega, mas também no bem-estar do profissional
          5. Treine suas lideranças

          Inclusão não é sobre decorar o escritório com frases motivacionais ou dar cartões em datas comemorativas, é sobre fazer os colaboradores se sentirem parte do ambiente que eles frequentam todos os dias.

          Como a inteligência artificial pode ajudar na inclusão de neurodivergentes?

          A inteligência artificial de mãos dadas com o trabalho humano se torna uma ferramenta com muito poder para a inclusão de pessoas neurodivergentes no mercado de trabalho. A medida que, as IA’s quando bem ensinadas, conseguem transformar a experiência desse profissional e auxiliar na adaptação personalizada conforme suas necessidades.

          • Personalização de atividades de rotina de acordo com o perfil neurológico de cada pessoa
          • Identificação precoce de necessidades específicas, permitindo ações preventivas
          • Criação de ambientes digitais acessíveis, com recursos adaptados à forma de aprendizado e organização de cada colaborador
          • Apoio à liderança com insights baseados em dados sobre como acompanhar e apoiar melhor seus times
          • Redução de vieses inconscientes em processos seletivos e avaliações de desempenho
          • Aumento da produtividade

          Braine e a Neurodiversidade:

          Eu fui diagnosticado com TDAH aos 30 anos, e até então, carregava comigo o peso da culpa e das comparações, não era falta de esforço, era falta de entendimento. E quando finalmente tive acesso a um acompanhamento adequado, tudo mudou. Não porque eu mudei — mas porque passei a ser compreendido e a me compreender. Foi daí que nasceu a Braine.

          A Braine foi criada porque acredito que a tecnologia deve ser aliada da sociedade e dos profissionais, e não substituta. A inteligência artificial usada como ferramenta da forma correta tem o poder de tornar visível aquilo que muitas vezes passa despercebido: padrões, necessidades e características únicas de pessoas neurodivergentes.

          A Braine acredita no uso da tecnologia com propósito e transparência.

          Seus principais pilares são:

          • Diagnósticos rápidos, baseados em dados e em constante atualização.
          • Acessibilidade nas informações com linguagem adaptada e com fonte dos profissionais da área da saúde.
          • Apoio contínuo com ferramentas personalizadas para familiares, profissionais de saúde e empresas.
          • Uma ponte entre o indivíduo e o cuidado que ele merece — sem filtros, sem demoras e sem barreiras.

          Quer sair do discurso e partir para a ação?

          Vivemos em um mundo em que somente falar sobre a neurodiversidade já não é mais o suficiente — é preciso repensar a inclusão, escutar quem precisa ser escutado, e sobretudo, agir para mudar.

          Há uma virada em curso quando olhamos para a inteligência artificial como aliada da inclusão, e não como substituta. Abrimos espaço para um futuro em que todas as formas de pensar, sentir e criar sejam reconhecidas.

          Conheça o próximo evento da Braine sobre neurodiversidade e inovaçãoEncontro de Informação e Saúde: Neurodiversidade

          Um dos maiores encontros do Brasil dedicados à inclusão, tecnologia e diversidade no mercado de trabalho. É a oportunidade ideal para conhecer sobre o propósito da Braine, seus ideais e aprender com diferentes profissionais da área de inovação e saúde sobre como a tecnologia pode mudar vidas.